“Aumenta rejeição à ampliação do rodízio” – Destak

Paulistano gasta um mês do ano parado no trânsito; situação na zona sul é a pior da cidade

Cresceu o índice de paulistanos contrários às medidas restritivas ao uso de carros na capital, mostra pesquisa Ibope sobre mobilidade urbana encomendada pela ONG Rede Nossa São Paulo e divulgada ontem.

Segundo o levantamento, 59% são contrários ao rodízio de dois dias e 79% rejeitam a criação do pedágio urbano. Em 2011 esses índices eram de 47% e 77%, respectivamente.

A pesquisa ouviu 805 pessoas com 16 anos ou mais. A margem de erro é de três pontos percentuais para ambas as direções.

A pesquisa anual da Rede Nossa São Paulo é feita para lembrar o Dia Mundial Sem Carro, no dia 22 de setembro.

Para 47%, os motoristas respeitam a faixa de pedestres. Esse índice era de 26% em 2011. Em maio do ano passado, a prefeitura deu início ao programa de proteção ao pedestre na capital, que ajudou a reduzir o número de mortes por atropelamento, segundo a prefeitura .

A sondagem indica ainda que o paulistano passa, em média, 2h23min do dia no trânsito, o equivalente a um mês por ano. Apesar de ser um grande período, é menor que o registrado em 2011, quando a média diária era de 2h49.

A pior situação é na zona sul, região onde dois terços dos moradores dizem que gastam mais de uma hora e meia por dia nos seus deslocamentos.

Na região central, esse índice é de pouco mais de um terço dos moradores (39%).

A zona oeste é a região da cidade onde mais motoristas usam os carros todos os dias ou quase todos os dias (33%). O contraponto é a zona norte, onde 18% disseram que fazem o mesmo.

Problemas

Embora se concentre em mobilidade, a pesquisa aborda outros temas. Uma das perguntas, por exemplo, é sobre as áreas mais problemáticas da cidade. Pelo quinto ano consecutivo, a saúde lidera o ranking com 69%, 7 pontos percentuais acima do registrado em 2011.

Em segundo lugar vem a segurança, com 45% das menções – como são múltiplas respostas, podem ser apontados vários itens. O índice é 9 pontos percentuais maior do que 2011, quanto esta menção teve 36% das respostas.

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