Joinville é conhecida como cidade dos príncipes, das bicicletas, das flores, e por seu Festival de Dança. É também a maior cidade do Estado, com mais de 500 mil habitantes, diversas indústrias, e possui uma educação de qualidade.
É uma cidade muito boa de viver. Mas temos problemas. Assim como toda cidade grande, um assunto bastante discutido na cidade é o transporte público, que podemos dizer que não é realmente público, por conta do alto custo da passagem que vem aumentando ao longo dos sucessivos governos e hoje está no valor de R$ 2,75 (antecipada) e R$ 3,10 (embarcada).
Pode até não parecer muito, mas esse valor pesa muito no bolso de pessoas de baixa renda, e por esse motivo limita a locomoção das mesmas. Isso acaba afetando também outros direitos, como saúde e educação, por exemplo.
Digamos que uma pessoa “pobre” precise ir ao hospital para uma consulta, ou jovens que moram longe da escola e necessitam do ônibus para serem transportadas, porém não têm dinheiro para a passagem, o que irão fazer?
Pergunto-me, será que diretores e donos das empresas privadas do transporte coletivo, não pensam nessas pessoas? Bom, é bem provável que não. Pois é fato que esses donos e diretores não utilizam esse tipo de transporte, e possuem bons e caros carros particulares.
Há movimentos na cidade alertando os cidadãos sobre os benefícios que traria a estatização do transporte. Porém como todos sabem, é muito difícil agradar a todos os lados.
Mas ainda assim, acho que muitas mudanças poderiam ser feitas, pois não acho justo nossa população pagar essa tarifa absurda. Mas enfim, vamos convivendo com essa ironia, onde um transporte público, que como o nome já diz, deveria atender a toda a população, não é acessível a todos, ou seja, não é de fato PÚBLICO.
Sou Lourdes dos Santos Albino, tenho 16 anos, e sou estudante da escola Dr. Tufi Dippe. Escrevi este texto para as Olimpíadas de Língua Portuguesa, do Ministério da Educação e Cultura. O tema era: “O lugar onde eu vivo”. Sou moradora de Joinville.