“Serra aposta na saúde para superar Haddad em SP” – Valor Econômico

Por Vandson Lima | Valor

SÃO PAULO – Disposto a levar a discussão sobre a área da saúde para o centro do debate à sucessão paulistana, José Serra (PSDB) tem insistido diariamente em abordar o tema para se contrapor a Fernando Haddad (PT), líder nas pesquisas de intenção de voto.

Por quase quatro anos ministro da Saúde, entre 1998 e 2002, o tucano, mesmo quando questionado sobre outros assuntos, procura falar em entrevistas sobre o papel desempenhado pelas Organizações Sociais de saúde no município.

As OS são instituições do setor privado, sem fins lucrativos, que atuam em parceria com os governos na administração de equipamentos públicos. O tucano procura grudar no adversário petista a ideia de que ele acabará com a parceria, que emprega 32 mil pessoas em São Paulo.

“Haddad está comprometido em acabar com o trabalho de parceria entre a prefeitura e entidades chamadas de Organizações Sociais. Isto está escrito no programa do PT, está escrito na representação que eles fizeram ao Supremo Tribunal Federal (STF), está escrito nos anais da Câmara de Vereadores, onde eles votaram contra. Está declarado pelo candidato quando ele disse que abrirá concurso de funcionalismo público em hospitais”, alega Serra.

Haddad nega, mas diz que abrirá concursos públicos para o setor e revisará os contratos vigentes com as OS. “50% das cirurgias feitas na cidade são feitas por esses parceiros”, defende Serra.

Em encontro organizado pela Rede Nossa São Paulo, Serra avaliou que “na questão da Saúde tem muito o que melhorar. Temos que ampliar a integração de Estado e município para utilizar melhor médicos e equipamentos para cirurgias, consultas e exames”.

Para o candidato, os equipamentos em funcionamento na cidade são mais do que suficientes para atender a demanda. “A cidade aumentou o número de equipamentos de saúde nos últimos anos de 500 para 900. Tinha 6500 médicos. Hoje são 14.500. […] Tem equipamento para atender cinco vezes mais [que a demanda]Juro. Mas isso não está organizado. Tem que ter um avanço grande nisso”.

(Vandson Lima | Valor)

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