Felipe Seffrin
São Paulo – PT e PSDB tiveram ontem mais uma oportunidade para medir forças em São Paulo. Mas não foi exatamente um debate, porque os candidatos dos dois partidos não se encontraram. O painel foi organizado pela Rede Nossa São Paulo, que reúne mais de 600 organizações da sociedade civil paulistana. Os candidatos responderam, cada um a seu tempo, às mesmas perguntas sobre educação, cultura, habitação, saúde, segurança e trabalho. As alfinetadas ficaram para o final, na saída do encontro.
Para o tucano José Serra, o PT muda o discurso dependendo da circunstância. Ele citou o ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, em Diadema (região metropolitana da capital), defende o candidato à reeleição Márcio Reali (PT) com pedidos ao eleitor para que vote “contra a aventura”, em referência ao candidato adversário, Lauro Michels (PV). Mas, quando fala com o eleitor da capital, defende a “mudança” representada por Fernando Haddad (PT). “O Lula fala uma coisa dependendo de onde está. Em Diadema, ele sublinhou a importância que é a experiência e o currículo do candidato. Ele só não faz isso em São Paulo, porque isso me favorece e prejudicaria o seu candidato”, disse Serra.