A cidade de Sorocaba, no interior de São Paulo, está prestes a inaugurar a primeira usina de processamento final de resíduos eletrônicos do Brasil. A estrutura deve ser inaugurada no começo de 2013 e será responsável por finalizar a cadeia reversa e reciclagem de eletroeletrônicos.
O projeto, batizado de Sinctronics, vem suprir uma necessidade brasileira. Pois, atualmente a fase final da reciclagem dos resíduos eletrônicos é feita fora do país. A exportação é feita para a Bélgica, Reino Unido, Alemanha e até mesmo o Cingapura, onde estão instaladas empresas especializadas na retirada dos metais incutidos nos equipamentos eletrônicos.
É do país asiático que virá a tecnologia implantada em Sorocaba para a separação dos resíduos, através da Flextronics, que é sediada em Cingapura, mas já possui fábrica em Manaus. Outra empresa com a mesma origem, Cimelia, também tem interesse em investir no Brasil.
Com a nova usina e a aplicação de outras tecnologias será possível reciclar 250 toneladas de resíduos eletrônicos. Se esse número for transformado em celulares, itens que possuem vida útil menor e são mais populares e descartáveis, seria como reaproveitar 45% de todos os aparelhos do Brasil.
De acordo com Kami Saidi, diretor de operações e líder do Programa Integrado de Sustentabilidade da HP, uma das empresas parceiras da ideia, o sistema atenderá a toda a cadeia produtiva. “Em Sorocaba será possível reciclar todos os tipo e quaisquer marcas de eletrônicos”, explicou Saidi, em declaração ao Estadão.
A atividade pode se mostrar bastante lucrativa, além dos benefícios provenientes dos cuidados ambientais. Segundo o diretor de Sustentabilidade da HP, a cada tonelada de resíduos reciclados é possível obter de 200g a 300g de ouro. O restante dos metais extraídos do processo, como cobre, bronze, fero e alumínio, é encaminhado novamente à indústria para ser usado como matéria-prima. Com informações do Estadão.
Redação CicloVivo