Tatiana Cavalcanti e Rafael Italiani
do Agora
Os trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) estão cada vez mais lotados.
Cinco das sete linhas da empresa registraram entre janeiro e setembro deste ano mais de seis passageiros por m², índice considerado acima do aceitável para o conforto, segundo medida adotada internacionalmente.
Em 2011, nenhuma das linhas havia ultrapassado esse limite.
Atualmente, a pior situação é a da linha 7-rubi, que liga Francisco Morato (Grande SP) à Luz, onde faz integração com a linha 4-amarela do metrô.
No ano passado, o índice de conforto era de 5,8 passageiros por m². Neste ano, está em 6,7 em 2012.
A reportagem circulou nos trens da linha 7-rubi ontem pela manhã, entre as 5h e as 8h30. O cenário era de empurra-empurra e passageiros tentando se equilibrar para permanecer em pé.
O vagão tinha mais de 300 pessoas. A situação fica mais difícil porque a viagem de trem demora mais do que a de metrô.
Na linha 7-rubi, por exemplo, todo o trecho é percorrido em cerca de uma hora.
Resposta
O secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, disse ontem que "a preferência" pelos trens tem aumentado graças às inovações nos veículos e investimentos em novas linhas.
Fernandes admitiu que a lotação nos vagões está aumentando.
Ainda segundo ele, a linha 4-amarela do metrô colaborou para o cenário.
"Isso atraiu muitos passageiros, só a linha amarela tem 700 mil passageiros a mais. Nos 30 e 60 dias seguintes do início das operações, já aumentou para mais de 1 milhão o número de pessoas", disse.
Fernandes afirmou ainda que o máximo suportável é de nove passageiros por metro quadrado. Ontem, ele anunciou investimentos em estação da linha 8-diamante.