Uma pesquisa divulgada hoje pelo Movimento Nossa São Paulo traduz, em números, a insatisfação do paulistano com o tempo perdido no trânsito da capital.
Duas horas e 43 minutos. É quanto o paulistano gasta, todos os dias, no trânsito. Segundo a pesquisa, neste ano, a média é de 13 minutos a mais do que a do ano passado.
O estudo, que ouviu 805 pessoas, traduz os minutos perdidos em reais desperdiçados. São muitos.
“A cidade deixa de gerar R$ 26,8 bilhões ao ano por causa do tempo que se perde no trânsito e com os custos dos acidentes. Se deixa de gerar serviços, as pessoas deixam de ir ao cinema, deixam de ir ao teatro, deixam de fazer passeios pela cidade muitas vezes porque o transito não permite”, diz Maurício Broinizi Pereira, coordenador executivo do Nossa São Paulo.
Entre as vias que mais atormentam a vida dos paulistanos, está a marginal Tietê. As obras de ampliação das pistas agradam 89% dos entrevistados. Mas 56% deles disseram que prefeririam que o dinheiro fosse investido em melhorias no transporte público.
A pesquisa, feita pelo Ibope e pelo Movimento Nossa São Paulo, mostrou que, do ano passado para esse, aumentou de 37 para 50% o número de paulistanos que têm um ou mais carros na garagem. Desses, quase 40% compraram o tão sonhado carro nos últimos 12 meses.
Quarenta e oito parcelas para realizar um desejo antigo. O primeiro carro do Valberto Melo, comerciante, é um utilitário. Útil para transportar produtos para o mercadinho de que ele é dono. “Todo mundo tem vontade de ter um carro. Quem nunca teve tem vontade de ter”, fala.
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