Lista tem menos da metade dos itens de Kassab e repete ações já anunciadas desde o início da gestão
O prefeito Fernando Haddad (PT) apresentou ontem uma série de propostas que pretende cumprir nos quatro anos de seu mandato (2013-2016). Entre elas estão várias ações já anunciadas desde que ele assumiu o cargo. Outras, tais como colocar os ônibus em operação durante 24 horas e criar mais uma subprefeitura, a de Sapopemba (32ª), são novas.
Chamado de Plano de Metas, ele obedece a uma lei municipal que dá um prazo de 90 dias para o prefeito eleito apresentar o que pretende fazer durante sua gestão.
Ele traz cem itens, menos da metade de seu antecessor, Gilberto Kassab (PSD), que estreou a lei listando 223 metas, mas deixou de realizar quase a metade.
Os cem itens elencados por Haddad foram divididos em 21 objetivos. Entre as principais metas está a construção de 150 km de corredores de ônibus, aumento da velocidade para 25 km/h nos horários de pico (que hoje é de 14 km/h).
Na estimativa da Prefeitura, o custo do plano deve ser de R$ 23 bilhões.
Haddad disse que as metas para as áreas de mobilidade urbana, transporte, educação e saúde serão acompanhadas com mais atenção.
Avaliação
Maurício Barros, da Rede Nossa São Paulo, disse que o conceito do plano tem uma "metodologia interessante".
"Ele [o Plano de Metas] faz a articulação territorial das metas e destaca prioridades para áreas de grande vulnerabilidade da cidade".
Entre os pontos negativos está o fato de não detalhar onde as metas serão executadas. "Ainda carece de ter um diagnóstico mais preciso sobre os problemas da cidade e não diz onde é que essas metas serão executadas, em que distrito, subprefeitura, bairro", disse Barros.