A Prefeitura de São Paulo anunciou um plano com 100 metas para os próximos quatro anos que prevê investimentos de R$ 23 bilhões. O Conselho da Cidade, que reúne representantes de diversos segmentos da sociedade, foi instalado para discutir as propostas.
Entre as metas estão: a criação de 150 km de corredores de ônibus, 400 km de vias para ciclistas e a modernização da rede semafórica. Na saúde, estão previstas a construção de 43 UBSs, três novos hospitais, a reforma de outros 16 Publicidade e a instalação de 32 unidades da Rede Hora Certa.
O plano traz a construção de 243 novas creches e a criação de 20 novas unidades do CEU, além da melhora da nota da cidade no IDEB para 5,4. Constam do projeto a construção de 55 mil moradias populares e a intenção de beneficiar 70 mil famílias no Programa de Reurbanização de Favelas.
Os investimentos serão custeados pela Prefeitura e por meio de parcerias com a União, o Estado e a iniciativa privada. O prefeito Fernando Haddad relata que algumas medidas precisarão de maior atenção por atingirem diretamente a vida da população.
A secretária municipal de Planejamento, Leda Paulani, ressalta que o Plano de Metas poderá ser atualizado ao longo dos quatro anos de gestão. Ela afirma que o programa não está atrelado à renegociação da dívida do município junto ao governo federal.
O Conselho da Cidade, que discutirá e avaliará o cumprimento das metas, tem como integrante o professor João Whitaker. O docente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP afirmou ao repórter Anderson Costa que a cidade precisa de mais conselhos participativos.
Outro integrante do Conselho da Cidade, o reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, José Vicente, enfatiza que o Plano de Metas é ousado e corajoso. Entretanto, ele analisa que o setor educacional poderia ter sido melhor representado no comitê.
A obrigatoriedade de se apresentar um Plano de Metas foi definida com a aprovação da Lei Orgânica do Município em 2008. A gestão passada de Gilberto Kassab cumpriu 55,1% das 233 metas estipuladas entre 2009 e 2012.
