Comissão da Verdade é reinstalada na Câmara Municipal

Fonte: Portal da Câmara Municipal de São Paulo
 
A Comissão da Verdade Vladimir Herzog, com o objetivo de investigar as violações aos direitos humanos cometidas durante a Ditadura Militar, foi reinstalada na última terça-feira (26/3) na Câmara Municipal. Durante os trabalhos, os vereadores Natalini (PV) e Juliana Cardoso (PT) foram eleitos, por unanimidade, presidente e vice-presidente do colegiado, respectivamente. O vereador Mário Covas Neto (PSDB) será o relator.

A decisão de retomar os trabalhos iniciados em 2012 partiu do Projeto de Resolução (PR) 8/2013, do vereador Natalini (PV). Segundo o parlamentar, apesar das atividades realizadas no ano passado, ainda existem muitos fatos a serem investigados. “Vários requerimentos ficaram pendentes e ainda precisamos ouvir pessoas importantes nesse processo, como o coronel Ustra e Delfim Neto”, adiantou o vereador, que no ano passado foi vice-presidente da comissão.
 
O presidente da Comissão da Verdade acrescentou que “são necessários mais dados sobre os cemitérios que serviram de valas e o colegiado deverá fazer um debate com a sociedade para que as pessoas vejam que, apesar de a democracia ter falhas, ainda não se inventou nenhuma outra maneira melhor de conduzir a sociedade”. E completou: “tenho medo quando ouço alguém falando que é necessário voltar a Ditadura, essas pessoas não sabem o que estão dizendo.”
 
Durante a reinstalação, Ivan Seixas, integrante da Comissão Estadual da Verdade, parabenizou a Câmara Municipal pela iniciativa e falou sobre a importância do trabalho dos vereadores. “A Ditadura causou muitos danos para o Brasil e a comissão de São Paulo terá o trabalho fundamental de investigar a atuação do Executivo, no período, como órgão complementar de repressão”, afirmou.
 
Os parlamentares também poderão contar com o apoio da Comissão da Verdade da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Um dos integrantes, Lucas Gianini, afirmou que os estudantes estão abertos para trabalhar juntos aos vereadores. “Reitero aqui a importância de uma comissão para debater esse assunto porque para efetivar a democracia é preciso confrontar o passado agressivo”, disse o estudante.
 
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