Afirmação foi feita pelo coordenador executivo da Rede Nossa São Paulo, ao apresentar o IRBEM na Câmara Municipal. Ele também destacou a importância de a Prefeitura reunir os dados da cidade em um observatório
Airton Goes airton@isps.org.br
Na apresentação da metodologia e dos dados do IRBEM (Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município), feita nesta sexta-feira (5/4), na Câmara de Vereadores, o coordenador executivo da Rede Nossa São Paulo, Maurício Broinizi, considerou os indicadores disponíveis fundamentais para a elaboração de qualquer plano ou planejamento para a cidade.
“Não é possível elaborar qualquer plano para a cidade sem considerar os dados disponíveis”, argumentou ele. “Precisamos utilizar todo esse arsenal de informações para pensar as políticas públicas”, complementou.
Ele lembrou que este ano deverá ser debatido e, provavelmente, votado o Plano Diretor Estratégico da cidade, e o Plano de Metas deverá ser submetido a audiências públicas nos próximos dias.
Realizada em parceria com o vereador Ricardo Young (PPS), a apresentação do IRBEM visou ampliar o conhecimento dos integrantes do Legislativo paulistano sobre os indicadores, que revelam a percepção dos cidadãos sobre a qualidade de vida na capital paulista.
“O IRBEM, cujos dados são riquíssimos, é pouco conhecido pelos gabinetes dos integrantes da Câmara Municipal e poderia ser muito útil para se pensar a qualidade de vida na cidade”, avaliou Young.
Sugestão à Prefeitura
Durante o evento, o coordenador executivo da Rede Nossa São Paulo destacou a importância de a Prefeitura reunir os dados técnicos sobre a cidade em um observatório, que ficaria acessível e disponível a todos os cidadãos.
“Já fizemos essa proposta para o prefeito e para a Secretaria de Planejamento, para que a Prefeitura disponibilize esses dados em um site próprio”, relatou.
Segundo ele, a cidade de Porto Alegre já tem um observatório neste estilo, que funciona bem. “Estamos propondo que a Prefeitura de São Paulo faça o mesmo.”
Atualmente a Rede mantém o Observatório Cidadão. “É um trabalho muito grande para uma Organização Não-Governamental ficar catando esses dados para reunir num observatório”, disse Broinizi, explicando que utilizou a palavra “catando” propositalmente, para frisar a dificuldade de se conseguir alguns dos números divulgados no espaço.
Após apresentar a metodologia e alguns dados da última pesquisa IRBEM, que foi divulgada inicialmente em 17 de janeiro deste ano, o representante da Rede Nossa São Paulo respondeu perguntas de representantes de diversos gabinetes que participaram do evento.
