Proposta aprovada pela Câmara depende da sanção de Fernando Haddad (PT) para entrar em vigor
Aviso por mensagem de celular poderia ser feito por meio de parcerias com empresas de telefonia, diz vereador
GIBA BERGAMIM JR.
DE SÃO PAULO
A Câmara Municipal de São Paulo aprovou um projeto que obriga a prefeitura a enviar mensagens de celular aos paulistanos com alertas para riscos de tempestade.
O texto aprovado ontem será agora enviado ao prefeito Fernando Haddad (PT), que pode sancioná-lo ou vetá-lo.
De autoria do vereador Ricardo Young (PPS), o projeto diz que a prefeitura terá que enviar torpedos com avisos aos moradores alertando sobre iminentes alagamentos, no mínimo, duas horas antes.
Mas o texto não deixa claro como seria feito o cadastro de pessoas que receberiam o serviço –que, em tese, poderia atingir todos os celulares da cidade. Em outros países, o usuário tem que autorizar a operadora de telefonia a emitir mensagens desse tipo.
Hoje, quem quiser se antecipar aos temporais deve ficar atento ao noticiário (na internet, em rádios e emissoras de TV) ou acompanhar o site do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), ligado à própria prefeitura.
Para o vereador, o projeto permitiria que empresas, repartições públicas e escolas antecipassem o fim do expediente para os funcionários escaparem dos temporais.
O vereador diz que se inspirou em iniciativas semelhantes nos Estados Unidos e Europa para antecipar informações sobre nevascas.
Já em São Paulo, em 2011, o Departamento de Águas e Energia Elétrica, do Estado, deu início a um projeto semelhante, mas apenas para os moradores da região da favela Pantanal, na zona leste, que sofreu com enchentes.
Young diz que a cidade terá de fazer convênios com empresas de telefonia móvel –não detalha as condições, mas afirma que a iniciativa não poderá gerar custos extras para os cofres públicos.
"Serão parcerias. As operadoras já enviam informações a seus clientes para divulgar produtos. Creio que o custo disso é baixo", disse.
MELHORES AMIGOS
Também foi aprovado ontem projeto dos vereadores Antonio Goulart (PSD) e Roberto Trípoli (PV) que permite que os animais de estimação sejam enterrados no mesmo jazigo de seus donos em cemitérios municipais. O projeto irá para segunda votação e, se for aprovado, será submetido ao aval do prefeito.
Segundo Goulart, o objetivo do projeto é solucionar a atual falta de local para destinação de animais mortos.
