Fonte: Portal da Câmara Municipal de São Paulo
A Comissão de Trânsito, Transporte, Atividade Econômica, Turismo, Lazer e Gastronomia realizou nesta quarta-feira (12/6), na Câmara Municipal, audiência pública para discutir a obrigatoriedade de licenciamento e emplacamento de bicicletas que trafegam pelas vias públicas do município de São Paulo. O autor do projeto de lei, vereador Adilson Amadeu, do PTB, mostrou-se satisfeito com a presença de diversos ciclistas e ponderou de forma positiva as críticas recebidas.
O parlamentar explicou que as pessoas cancelaram seus compromissos para discutir sobre seu projeto na Casa. Ele explica qual é o objetivo deste seu projeto: “Nada mais é que a identificação da bicicleta. Atualmente, a cidade de São Paulo soma um milhão e duzentas mil bicicletas e sete milhões e meio de veículos circulando. O importante é entender o que é bicicleta identificada e a não identificada”. Na visão do vereador, o projeto visa o melhor tanto para a população quanto para o ciclista e para a sociedade.
Entre os diversos cicloativistas e manifestantes presentes na audiência pública, estava o limpador de vidros David Santos Silva, de 21 anos, que no último mês de março teve o braço amputado durante acidente, quando circulava pela ciclofaixa da Avenida Paulista. O ciclista se manifestou contrário a lei. “O emplacamento não vai proteger o ciclista, a única coisa que vai acontecer é identificar a pessoa que cometeu o crime”, concluiu.
Quem também é contrário ao projeto é o vereador Ricardo Young (PV). Ele acredita que em vez de iniciar pelo emplacamento, primeiro deveria ser criado um estatuto da bicicleta na cidade. O parlamentar avalia a necessidade de adiar o projeto. “É necessário sinalizar melhor a cidade além de resolver o problema da educação dos motoristas, a ciclovia permanente e os bicicletários. Há um mundo de discussão antes de chegar a questão do emplacamento”. Ricardo Young lembrou ainda que a cicloatividade em São Paulo é uma solução necessária para uma cidade que já está vivendo um colapso em função do trânsito e não atinge suas metas em relação às questões climáticas.
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