Mais municípios aderem ao PCS por ocasião de encontro em Foz do Iguaçu

Do site da Itaipu Binacional

Os prefeitos de Foz do Iguaçu, Toledo, Santa Tereza do Oeste e São Pedro do Iguaçu ratificaram o compromisso que assumiram como candidatos, em 2012, e, nesta quarta-feira (19), assinaram uma carta-compromisso com a Plataforma Cidades Sustentáveis. Com isso, passam a adotar em seus municípios metas em relação a diversos indicadores de sustentabilidade, tais como coleta seletiva e reciclagem, saúde pública, mobilidade urbana e combate às mudanças climáticas, entre outros.

A divulgação do programa na região e a capacitação de técnicos municipais na implantação da Plataforma Cidades Sustentáveis acontecem com o apoio da Itaipu Binacional. A assinatura da carta-compromisso, inclusive, aconteceu durante um encontro com prefeitos que integram a Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop), no Parque Tecnológico Itaipu.

“O apoio da Itaipu se dá pelo alinhamento da Plataforma Cidades Sustentáveis com ações que já desenvolmentos na região, no âmbito do programa Cultivando Água Boa. Com essa metodologia, os muncípios passam a integrar uma rede que já conta com mais de 200 cidades em todo o País, com metas que são medidas ano a ano, permitindo um planejamento de longo prazo”, afirmou o diretor de Coordenação e Meio Ambiente da Itaipu, Nelton Friedrich.

Com as quatro nova adesões, já são 21 municípios da Região Oeste que fazem parte da iniciativa, mas o objetivo é ampliar esse número entre os 54 integrantes da Amop. “A Itaipu vem nos assessorando, o que é muito importante, principalmente para os municípios menores. Para auxiliar na implantação, criamos grupos temáticos, reunindo prefeituras que têm prioridades semelhantes e cada um implanta o programa de acordo com a sua realidade”, afirmou o presidente da Amop e prefeito de Tupãssi, José Carlos Mariussi.

Entre os que já implantaram a metodologia está Santa Helena, às margens do reservatório da Itaipu. Uma das metas, por exemplo, é ampliar a coleta seletiva, que hoje atinge aproximadamente 60% do lixo produzido, para 100% nos próximos anos. Na opinião do prefeito Jucerlei Sotoriva, que também preside a Associação dos Municípios Lindeiros, o principal desafio é envolver a população.

“Tornar o município sustentável não é um projeto político, de um mandato. É um objetivo de longo prazo e por isso tem que ser uma ação da sociedade como um todo. Assim, estamos focando na conscientização, principalmente nas escolas, para preparar as próximas gerações e também para que as crianças cobrem de suas famílias novas atitudes que contribuam para a sustentabilidade”, afirmou Jucerlei.

O encontro de prefeitos e técnicos municipais realizado nesta quarta-feira foi conduzido pelo coordenador do Movimento Nossa São Paulo e da Plataforma Cidades Sustentáveis, Maurício Broinizi.

Entre outros temas, a reunião debateu o Guia GPS (Gestão Pública Sustentável), uma espécie de roteiro de implantação do programa, e também os princípios e valores da plataforma, que estão organizados em 12 eixos (governança; educação para a sustentabilidade e qualidade de vida; gestão local para a sustentabilidade; melhor mobilidade, menos tráfego; bens naturais comuns; economia local dinâmica, criativa e sustentável; planejamento e desenho urbano; ação local para a saúde; equidade, justiça social e cultura da paz; consumo responsável e opções de estilo de vida; cultura para a sustentabilidade; e do local para o global).

Conforme Broinizi, em um País em que predomina uma gestão com foco no curto prazo, é fundamental que os mandatários municipais tenham a capacidade de organizar sua agenda de modo a atender as demandas emergencias do dia a dia, mas também dar conta de temas que exigem planejamento de longo prazo. “Para tornar um município sustentável, é fundamental que o prefeito e sua equipe contem com um observatório que produza indicadores fiéis, que permitam saber a situação real do município em cada área”, explicou.

Antecedentes

A implantação do programa Cidades Sustentáveis na região Oeste teve início em novembro de 2011, com uma apresentação realizada durante o Encontro Cultivando Água Boa. Em agosto de 2012, diversos candidatos a prefeitos e presidentes de partidos políticos assinaram uma carta-compromisso de adotar as ferramentas propostas pela iniciativa. Em novembro passado, esse compromisso foi reforçado em evento promovido pela Amop e também durante o encontro que celebrou 10 anos do CAB.

“O que o Instituto Ethos, a Rede Nossa São Paulo e a Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis estão propondo aos municípios é um desafio estimulante e possível de ser atingido. Temos, em nossa região, vários exemplos positivos, de cidades que estão fazendo a sua parte em busca do desenvolvimento sustentável. O que precisamos é seguir experiências bem-sucedidas, implantar um modelo de gestão compartilhada e mostrar os resultados que serão refletidos no bem-estar de todos”, acrescentou Nelton Friedrich.

Ao assinar a adesão de Foz do Iguaçu, o prefeito Reni Pereira enfatizou a necessidade de trabalhar com o conceito de sustentabilidade em sua forma mais ampla, já que o tema é normalmente associado apenas ao meio ambiente. “Hoje, tudo está relacionado e passa pela sustentabilidade. Como demonstram as recentes manifestações pelo País que partiram da questão do transporte público, mas que se ampliam para outros temas ligados a uma sociedade mais justa e sustentável”, afirmou o prefeito.

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