“57% dos jovens paulistanos deixaram de usar carro” – Empresas & Negócios

A segunda série do livro, “Como viver em São Paulo sem carro”, editora Santa Clara Ideiais, encomendou uma pesquisa inédita junto ao Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) no mês de maio de 2013, para descobrir a mudança do hábito do paulistano em relação a dirigir no trânsito paulistano
 
Foram entrevistadas 600 pessoas, com idade acima de 16 anos, com novidades: 57% dos paulistanos deixaram de usar o automóvel como principal forma de locomoção, ao longo dos últimos dois anos: 19% abandonaram totalmente o carro e 38% restringiram seu uso aos fins de semana.
 
A mudança tem um motivo simples. Mais da metade dos paulistanos entrevistados (58%) consideram o trânsito a maior causa de infelicidade em sua vida na cidade. Além desses, 27% veem o trânsito como “uma das principais causas de infelicidade” na vida da cidade, o que mostra que 85% dos moradores da a cidade são, em geral, infelizes por causa do trânsito na cidade. A grande maioria dos entrevistados que abandonaram o carro optaram por andar a pé e de ônibus: são 78% e 70% (os pontos se somam porque as pessoas adotam várias opções), respectivamente, de onde se pode concluir que a maioria vai ao trabalho dessas duas maneiras (separadas ou combinadas).
 
O metrô também é bastante utilizado pelos paulistanos que abandonaram o carro: 61% utilizam o meio de transporte. Segundo a Secretaria de Transportes Metropolitanos, o número de usuários de metrô e trens aumentou em 1,2 milhões pessoas/dia nos últimos três anos, o que é muito significativo, considerando que a população da cidade de São Paulo está estável já há duas décadas alguns anos. Há também os que adotaram a bicicleta que, apesar de serem poucos, são os que se dizem mais satisfeitos com a opção tomada: deram nota 8,1, na pesquisa Ipespe, ao meio de transporte, enquanto que usuários do metrô e ônibus classificaram seus meios como 6,9 e 5,5 respectivamente.
 
Essa adoção de outros modais, como toda mudança de paradigma, é mais praticada pelos jovens. E essa não é apenas uma questão local paulistana. Montadoras de carro nos Estados Unidos também têm demonstrado preocupação porque não conseguem mais atrair o público jovem para o consumo de carros, antes sinônimo de liberdade entre a classe. Hoje, ao contrário, o carro representa engarrafamento, poluição e gastos.
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