Espaço de convivência ocupou área na via pública onde habitualmente teria dois automóveis estacionados, visando chamar a atenção das pessoas para a necessidade de se reduzir o uso do carro
Como parte das atividades da Semana da Mobilidade – organizada por um coletivo de entidades e cidadãos envolvidos com o tema –, foi realizada nesta sexta-feira (20/9) a chamada Vaga Viva.
Na atividade, os participantes ocuparam um espaço na via pública onde habitualmente teria dois automóveis estacionados, para transformá-lo em um local de convivência, em que as pessoas possam se sentar, conversar e relaxar da correria diária.
Realizada há sete anos pelo coletivo, a Vaga Viva visa chamar a atenção da sociedade para a necessidade de uma mudança cultural, que passe a valorizar mais os espaços públicos em detrimento da ocupação cada vez maior por parte dos automóveis. Trata-se de um convite à reflexão sobre a forma como foi estruturada a cidade, que é voltada para os carros e não para as pessoas.
A atividade no espaço de convivência ocorreu na Rua Padre Manoel, quase na esquina com a Avenida Paulista – ao lado do Conjunto Nacional.
Campanha “Tarifa mais barata já”
Durante a Vaga Viva, integrantes da Rede Nossa São Paulo – uma das organizações participantes do coletivo que promoveu a atividade – divulgaram para as pessoas que passaram pelo local a campanha “Tarifa mais barata já”.
A ação visou estimular as pessoas a assinarem o abaixo assinado da campanha, que visa reduzir a passagem de ônibus nas cidades brasileiras. Entre os apoiadores da iniciativa – promovida pela Rede Nossa São Paulo e Frente Nacional de Prefeitos – estão personalidades de diversas áreas do cenário nacional.
Posteriormente, ao final da coleta de assinaturas, o documento será encaminhado a deputados federais, senadores e presidente da República.
A campanha, que inclui o manifesto “Por um transporte público mais barato no Brasil”, propõe que a CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), um imposto sobre a gasolina já existente, passe a ser arrecadada pelos municípios – e não pelo governo federal – e seja integralmente utilizada para financiar o transporte público das cidades.
“Estudos da FGV [Fundação Getúlio Vargas] mostram que um imposto de 50 centavos sobre cada litro da gasolina baratearia a passagem [de ônibus] em R$ 1,20”, afirma o documento da campanha.
Além de solicitar a assinatura dos cidadãos ao abaixo assinado, a iniciativa convida também outras organizações da sociedade civil a apoiar o documento.
Clique aqui e veja como assinar o documento em apoio à campanha (como cidadão) ou como incluir sua organização entre os apoiadores da iniciativa.
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