76% dos paulistanos acham que desigualdade na cidade é alta ou muito alta

A desigualdade na cidade de São Paulo é considerada alta ou muito alta por 76% dos paulistanos ouvidos pela Pesquisa de Percepção da Desigualdade Urbana nas Cidades Latino-americanas, realizada em 2012 e com resultados prévios divulgados nesta semana, pela ONUHabitat, Fundação Avina e Rede Latino-Americana por Cidades e Territórios Justos e Sustentáveis. A percepção de desigualdade na capital paulista é a maior, empatada com Assunção, no Paraguai, dentre as dez cidades estudadas. Ficou, inclusive, acima da média da pesquisa, que é de 61%.
 
São Paulo foi a cidade brasileira escolhida para participar da pesquisa, cujos questionários foram aplicados pelo Ibope, a pedido da Rede Nossa São Paulo. As outras cidades pesquisadas, além de Assunção, foram: Bogotá (Colômbia), Córdoba (Argentina), Guadalajara (México), Lima (Peru), Montevideu (Uruguai), Quito (Equador), Santa Cruz (Venezuela) e Valparaíso (Chile).
 
Segundo 39% dos paulistanos, a desigualdade na cidade aumentou muito nos últimos cinco anos, e para 32%, nos próximos cinco anos terá aumentado na mesma intensidade. Quando questionados sobre a desigualdade no acesso a serviços, optaram por classificá-lo como muito desigual: emprego bem-remunerado, 81%; educação de qualidade, 80%; saúde de qualidade, 79%; segurança, 75%; transporte público de qualidade, 52%; centros culturais de qualidade, 54%; e parques de qualidade, 52%.
 
Quase metade dos entrevistados disse que o governo municipal deveria investir em mais ações de educação para reduzir a desigualdade (48%).
 
Total geral
 
Pouco mais da metade dos entrevistados das dez cidades participantes (56%) considera que a desigualdade aumentou. E 47% acham que a desigualdade aumentará nos próximos cinco anos, 28% dizem que será igual e 21% que diminuirá.
 
61% dos entrevistados sente que a desigualdade presente em sua cidade é alta ou muito alta; 56% dizem que aumentou muito nos últimos cinco anos; 47% consideram que a desigualdade aumentará nos próximos cinco anos e 28% acham que seguirá igual.
 
Em resumo, enquanto a percepção de que as condições de igualdade melhoram em seis das 10 cidades estudadas (Santa Cruz, Lima, Guadalajara, Assunção, Córdoba e Bogotá), o contrário se mostrou nas outras quatro (Montevideu, Valparaíso, São Paulo e Quito).
 
O estudo completo será publicado em breve no site: http://www.desigualdadsocial.org/
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