Fonte: Portal da Câmara Municipal de São Paulo
No sábado (17/11) aconteceram duas audiências públicas do Plano Diretor Estratégico (PDE). Dessa vez os moradores das regiões de Itaim Paulista, Vila Prudente e Sapopemba, na Zona Leste, falaram o que esperam de mudanças para seus bairros.
Quem mora em Itaim Paulista sabe bem quais são as dificuldades do dia a dia. “falta escola técnica, falta faculdade, falta mobilidade urbana”, ressalta Juracir Certório, morador da região.
O bairro tem cerca de 370 mil habitantes. As principais reinvidicações durante a audiência foram a falda de trabalho perto de casa, a falta de infraestrura e a "imobilidade urbana". A microempresária Sueli de Fátima relata que a falta de estrutura atrapalha muito a população. “Nossos filhos sofrem pra ir pra cidade e pro centro porque serviço só tem no centro.”
“Precisaria trazer empresas pra cá também pra facilitar a locomoção daqueles jovens que estão hoje trabalhando e que pensam em fazer uma faculdade”, sugere o morador Ricardo Lopes.
Trabalho
Uma das propostas do Plano Diretor para a região é a oferta de incentivos fiscais para empresas que se instalarem na área. A proposta visa evitar a lotação do transporte público, desafogar o trânsito e melhorar a qualidade de vida dos moradores.
“A geração de emprego é fundamental, porque é uma região muito distante dos principais polos de emprego da cidade. É aquilo que a gente costuma chamar de bairro dormitório; fica situado a mais de 35 km do centro da cidade. Iniciativas como essa são muito importantes pra que possa se realizar o objetivo do PDE: que é levar o emprego pra perto de onde a população mora”, explica o vereador Nabil Bonduki (PT), relator do Plano Diretor.
Moradias em Vila Prudente e Sapopemba
Posteriormente, os parlamentares ouviram os moradores de Vila Prudente e Sapopemba, região em que vivem pelo menos 250 mil pessoas. Eles reclamaram principalmente das condições de moradia.
“A gente veio reivindicar a garantia das áreas de favela ocupadas na região, e que elas se mantenham como zonas de interesse social. Esse é um dos critérios pra regularização fundiária dessas áreas que minimiza o conflito de terra na região e também garante o direito, protege o direito a moradia dessas famílias”, pontuou André Delfino, morador de Sapopemba.
Em Vila Prudente, José Oliveira, morador local, considerou a falta de áreas de lazer com um grande problema. “Nós temos uma carência extraordinária na área de parques e áreas verdes. A ilha de calor aqui é muito grande e nós temos que lutar pela qualidade de vida e pelo meio-ambiente.”
Para o subprefeito local, Nereu Amaral, apesar da falta de áreas verdes, a questão de moradia é a mais latente. “O principal pedido que a gente pode ver no Plano Diretor é a dificuldade com relação à moradia mesmo. É o que mais precisa ser acertado.”
O presidente da Comissão de Política Urbana da Câmara, vereador Andrea Matarazzo (PSDB), enfatizou a importância dos debates e discussões a respeito da Zonas de Interesse Social (Zei). “O PDE é justamente quem vai definir onde são as Zeis, onde não são as Zeis, as questões de mobilidade, as questões de parques, e outras áreas; tudo isso é inerente ao Plano”, finaliza.
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