Tatiana Cavalcanti e Leo Arcoverde
do Agora
A cada 29 minutos um semáforo quebra ou fica em amarelo piscante em São Paulo.
O reflexo no trânsito da capital, com seus 7 milhões de veículos e 54 mil cruzamentos equipados com esses aparelhos, é imediato -filas e mais filas de carros tentando se entender.
De acordo com os dados da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), obtidos pela reportagem por meio da Lei de Acesso à Informação, o problema vem crescendo ano a ano.
Em 2010, o intervalo de pane de semáforo era de 39 minutos.
Em 2011, um semáforo quebrava a cada 36 minutos e no ano passado, a cada 33 minutos.
Neste ano, até setembro, foram 13.288 semáforos quebrados ou em amarelo piscante, contra 11.926 panes no mesmo período do ano passado.
Somente em um cruzamento, na estrada da Colônia, em Parelheiros (zona sul), o equipamento quebrou 38 vezes entre janeiro e março, segundo dados mais recentes da CET.
Resposta
A CET afirmou, por meio de nota, que vem tomando medidas que já reduziram o índice de falhas de semáforos em comparação com o início do ano.
No início do ano as ocorrências com semáforos chegavam a quadruplicar num dia chuvoso, segundo a companhia.
Em fevereiro, a CET diz que registrou 400 ocorrências num único dia.
Entre elas, diz que foram revitalizados, até o momento, 1.386 cruzamentos com semáforos e que até o verão vai reformar 2.000 no total, além de instalar 430 nobreak, equipamento que mantém o semáforo funcionando na falta de luz.
O órgão de trânsito disse ainda que está investido R$ 220 milhões em ações de inteligência semafórica e manutenção de 4.800 cruzamentos e que parte também receberá controladores e GPRS (sistema de transmissão de informação), o que vai possibilitar monitoramento mais ágil.
