3ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental vai até o dia 27/3. Prestigie!

De 20 a 27 de março de 2014 os paulistanos poderão conferir longas, médias e curtas metragens focados na temática ambiental, oriundos de mais de 30 países, grande parte deles inéditos no Brasil.

Os filmes, classificados nas temáticas cidades, campo, economia, energia e povos e lugares, abordam questões como energia nuclear; o uso de animais como cobaias; organismos geneticamente modificados; urbanismo e a vida nas grandes cidades; extração de recursos naturais por grandes corporações e suas consequências para o meio ambiente e para comunidades; localidades remotas e a dificuldade cada vez mais premente de manter tradições junto às novas gerações que querem ganhar o mundo e frente aos dilemas impostos pelas transformações do meio ambiente.

A abertura acontece no dia 20 de março, com a exibição do filme “Blackfish – Fúria Animal” no Reserva Cultural às 21h, que será lançado em DVD e Blu Ray no Brasil pela Paramount. A Mostra traz a oportunidade de assistir na telona o polêmico filme que conta a história de Tilikum, a principal baleia orca do parque temático SeaWorld, em Orlando, nos EUA, responsável pela morte de três pessoas.

“A Mostra entra em sua terceira edição se consolidando em São Paulo como espaço para conferir produções de várias partes do mundo que marcam presença inclusive em grandes festivais de cinema. Estes filmes, inéditos em sua maioria no Brasil, não entram em circuito depois, salvo algumas exceções. É uma oportunidade única de assistir a estas produções. É também um espaço para promover o debate e a reflexão sobre questões do nosso dia a dia,” diz Chico Guariba, diretor da 3ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental.

Como nas edições anteriores, além da mostra contemporânea, que traz o que de mais novo e melhor vem sendo produzido, haverá um panorama histórico e uma homenagem.

O panorama histórico traz filmes do diretor e roteirista japonês Kaneto Shindo, que morreu em 2012 aos 100 anos. Nascido em Hiroshima em 1912, Shindo escreveu mais de 200 roteiros e dirigiu 49 filmes, com destaque para “Filhos de Hiroshima”, da década de 1950, que conta a história de uma professora que retorna a Hiroshima após o bombardeio atômico. O filme foi exibido no Festival de Cannes de 1953. O cineasta foi condecorado com a Ordem Imperial da Cultura do Japão em 2002. Além de "Filhos de Hiroshima" serão exibidos os filmes "O Homem", "Dragão Felizardo nº 5", "A Mãe", "Onibaba – A Mulher Demônio" e "A Ilha Nua".
Washington Novaes será o homenageado da terceira edição da Mostra. 

Repórter, editor, diretor e colunista em várias das principais publicações brasileiras, foi durante sete anos editor-chefe do Globo Repórter e editor do Jornal Nacional, da Rede Globo, comentarista de telejornais das Redes Bandeirantes e Manchete, e no programa Globo Ecologia. No programa “Globo Repórter” dirigiu documentários como “Amazonas – a pátria da água” e “As crianças do reino do Porantim” (roteiros de Thiago de Mello), “A doença dos remédios”, entre outros. 

Como produtor independente de televisão, dirigiu as séries “Xingu – A Terra Mágica”, “Kuarup”, “Pantanal” e “Xingu – A Terra Ameaçada”. Ganhou vários prêmios internacionais e nacionais de jornalismo e televisão, e também o Prêmio Unesco de Meio Ambiente 2004. Serão exibidos os primeiros episódios das séries "Xingu – A Terra Mágica" e "Xingu – A Terra Ameaçada", além de episódios de sua série "O Desafio do Lixo" e "Amazonas – a pátria da água".

Os filmes da 3ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental serão exibidos em sete salas do circuito de cinema da cidade: Reserva Cultural, Cine Livraria Cultura, Museu da Imagem e do Som (MIS), Cine Olido, Centro Cultural São Paulo, Cinusp Maria Antônia e Matilha Cultural. Além das exibições dos filmes, a Mostra promoverá debates com vários realizadores de diferentes nacionalidades. Toda a programação é gratuita (exceto no Centro Cultural São Paulo, que cobra uma taxa de manutenção de R$ 1,00).
Este ano a Mostra traz ainda duas novidades – a premiação do melhor filme latino americano e um circuito universitário, que levará filmes e debates a diferentes instituições de ensino. 

Serão premiados os melhores filmes escolhidos por um juri formado por três especialistas do setor audiovisual e ambiental e também por voto popular. As cédulas de votação estarão disponíveis nos locais das sessões, durante o período de realização da Mostra.

O circuito universitário será realizado durante todo o mês de março, envolvendo alunos em debates temáticos. Participam da programação Mackenzie, USP, PUC, São Judas e Cásper Líbero. O objetivo é levar o debate para os futuros tomadores de decisão e incentivar a produção universitária.

A realização da 3ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental é possível graças ao apoio do Governo do Estado de São Paulo – Secretaria de Estado da Cultura, Programa de Ação Cultural 2013, através do qual patrocinam o projeto a Eaton e White Martins. O evento conta com apoio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Programa de Pós-Gradução em Ciência Ambiental da USP (Procam), Instituto de Estudos Avançados da USP, Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP, Centro Universitário Maria Antônia, Cinusp, Secretaria Municipal de Cultura, Centro Cultural São Paulo, Galeria Olido, Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas, Rede Nossa São Paulo, Instituto Pólis, Instituto Pepsico, Instituto Akatu, Matilha Cultural, Le Monde Diplomatique Brasil, Revista Piauí, Instituto Envolverde, Rádio Eldorado, Rádio Estadão e Catraca Livre.

Diretores presentes na Mostra

Durante todos os dias da 3ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental estarão presentes realizadores de vários filmes e nacionalidades, que participarão de debates e outras atividades. Confira os nomes e datas:

21/03 (sexta feira)
– Debate com o diretor de “Febre do Ouro”, Andrew Sherburne, no Cine Livraria Cultura às 20h30 (Mostra Contemporânea – Economia)
22/03 (sábado)
– Debate com o diretor de “Metamorphosen”, Sebastian Mez, no Cine Livraria Cultura às 19h (Mostra Contemporânea – Energia)
23/03 (domingo)
– Debate com a diretora de “Lamento dos Camponeses”, Julie Schorell, no Cine Livraria Cultura às 19h (Mostra Contemporânea – Campo)
24/03 (segunda feira)
– Debate com o diretor de “Vila do Fim do Mundo”, David Katznelson, no Cine Livraria Cultura às 20h30 (Mostra Contemporânea – Povos e Lugares)
25/03 (terça feira)
– Debate com diretores da Competição Latino Americana: Daniel Augusto e Eduardo Rajabally (“Amazônia Desconhecida”), Ulises de la Orden (“Deserto Verde”), Michelle Ibaven (“Não há Lugar Distante”), Héctor Ferreiro (“Pacha”), Tiziana Panizza (“74 Metros Quadrados”). Cine Livraria Cultura às 20h30.
– Homenagem e Debate com Washington Novaes, no Museu da Imagem e do Som (MIS) às 21h.
26/03 (quarta feira)
– Debate com o diretor do filme “A Escala Humana”, Andreas M Dalsgaard no Cine Livraria Cultura às 20h30 (Mostra Contemporânea – Cidades)
27/03 (quinta feira)
– Cerimônia de Premiação do Melhor Filme Latino Americano no Cine Livraria Cultura às 20h30.

Acompanhe a Mostra nas redes

A Mostra oferece ainda um aplicativo gratuito para Android e iPhone, onde poderá ser acompanhada toda a programação. O aplicativo foi produzido pela empresa franco brasileira Ambientic, com experiência em pesquisa e desenvolvimento de aplicações móveis, que desde 2011 cria aplicações colaborativas para diversas áreas de atividades. 

As redes da Mostra são: ecofalante.org.br/mostra; facebook.com/mostraecofalante; @MostraEco; instagram.com/mostraecofalante; http://vimeo.com/mostraecofalante.

Troféus

A 3ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental premiará o melhor filme latino americano escolhido pelo juri, e também por voto popular. Os troféus, que trazem o mascote – um macaco da espécie muriqui – com uma câmera na mão, foram confeccionados pelo Projeto Tear e pelo Design Possível. 

O Projeto Tear é um serviço público de Saúde Mental constituído por oficinas de trabalho artesanal para pessoas em situação de sofrimento psíquico. Localizado no município de Guarulhos/SP, o Projeto Tear iniciou sua trajetória em 2003 por meio de uma parceria entre a Prefeitura de Guarulhos, Associação Cornélia Vlieg e Laboratórios Pfizer. Atualmente, 120 usuários participam das oficinas de Encadernação & Papelaria Artesanal, Marcenaria & Marchetaria, Serigrafia & Personalização, Tear & Costura, Velas & Sabonetes, Mosaico, Papel Reciclado Artesanal e Vitral que se constituem em espaços de produção, geração de renda e convivência.

O Design Possível é uma rede de desenvolvimento social que conta com a participação de estudantes, profissionais, ONGs e empresas.  Aplica o design na forma de desenvolvimento de produto, gestão produtiva, comunicação ou de outras maneiras que possam contribuir para a geração de renda, estimulando o desenvolvimento humano e social, aproximando o mercado consumidor e a produção das periferias.

Clique aqui e confira a programação.

Compartilhe este artigo