De Bruno Martins, do Projeto Repórter do Futuro, para a Rede Nossa São Paulo
Foto: Em encontro na Câmara de Vereadores de São Paulo, o médico Dr. David Braga Jr. falou dos desafios e da importância do SUS.
O Prontuário Eletrônico do Paciente permitirá que todas as unidades de saúde tenham acesso ao diagnóstico dos pacientes. O objetivo da Secretaria é iniciar a implantação do sistema ainda neste ano.
Desde 2013, a meta da secretaria Municipal de Saúde de São Paulo é implantar em toda a rede o Prontuário Eletrônico do Paciente – PEP. Para isso, serão investidos R$ 105 milhões. O sistema já está em funcionamento no extremo Leste e na Zona Oeste paulistana, o que representa cerca de 1 milhão de pacientes cadastrados.
A Organização Social (OS) Santa Marcelina administra em São Paulo 58 unidades de Estratégia e Saúde da Família (ESF), além de três hospitais da Zona Leste situados em Itaquera, Cidade Tiradentes e Itaim Bibi, na Zona Oeste. Com o total de aproximadamente 1 milhão de pacientes nessas áreas, a Organização Social criou o seu próprio PEP. Sem revelar o valor do investimento, a OS explica os benefícios que essa tecnologia traz para a saúde: “Melhora toda a organização das informações por toda a equipe multiprofissional e, além de facilitar a leitura, diminui a perda de informações ao mesmo tempo em que facilita o acesso a elas. São ações que refletem diretamente no melhor seguimento clínico do paciente”, explica o Doutor Bruno Castro, Gestor Estratégico Médico do Hospital Cidade Tiradentes.
O prontuário eletrônico funciona tanto com o sistema de internet quanto com o servidor localizado nas unidades. As informações são armazenadas em bancos de dados no caso dos servidores locais e, pela internet, é possível que elas fiquem armazenadas no que os profissionais chamam de “nuvem” o que facilita o acesso às informações de uma unidade para outra.
Para Dr. Bruno, o Sistema Único de Saúde (SUS) se beneficiará do sistema no momento em que ele se fortalece: “O benefício gigantesco que trará ao SUS é permitir que hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s) e Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) possuam acesso às informações clínicas de cada usuário”, salienta.
O médico Dr. David Braga Junior, especializado em Clínica Médica pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) e ex-secretário de Saúde dos municípios de Campinas e Indaiatuba, defende a criação do PEP: “Este sistema permitirá à Secretaria ter um controle sobre os pacientes da rede pública de saúde, o que facilitará um melhor diagnóstico de cada um. Espero que em breve ele já seja implantado em toda a rede”.
A meta da Secretaria é finalizar o prontuário e pré implantá-lo neste ano com o objetivo de que até 2016 todas as unidades de saúde na cidade estejam cobertas pelo sistema.
Até o fechamento desta reportagem a secretaria Municipal de Saúde de São Paulo não retornou os questionamentos que lhe foram encaminhados.
*A matéria foi elaborada com bases na 3ª Conferência de Impressa do Projeto Repórter do Futuro, 7º Curso Descobrir São Paulo – Descobrir-se Repórter, promovido pela Oboré, Abraji e Escola do Parlamento, na Câmara Municipal de São Paulo. Saiba mais: 7º Curso Descobrir São Paulo – Descobrir-se Repórter