Por Câmara Municipal de São Paulo
O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) reuniu milhares de manifestantes em frente à Câmara na tarde desta quarta-feira (26/3). O grupo pedia celeridade na aprovação do novo PDE (Plano Diretor Estratégico) da cidade, que está em tramitação desde o segundo semestre do ano passado.
Uma comissão de manifestantes foi recebida pelo presidente da Câmara, José Américo (PT), e pelos vereadores Nabil Bonduki (PT), relator do projeto na Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente, e Andrea Matarazzo (PSDB), presidente do colegiado.
Pela manhã, Bonduki apresentou seu substitutivo ao projeto do Executivo, com novidades como a limitação da altura dos edifícios no miolo dos bairros, a recuperação da zona rural da cidade e a criação do chamado “território cultural”, que vai do centro à Av. Paulista.
Um dos coordenadores do movimento, Guilherme Boulos, pediu aos parlamentares a aprovação do texto de Bonduki até o fim de abril. “As nossas pautas foram incorporadas pelo substitutivo, então nossa maior preocupação é com a celeridade da votação”, afirmou o ativista.
Entre as reivindicações atendidas pelo novo texto estão o aumento no número de ZEIS (Zonas Especiais de Interesse Social) e a inclusão de artigos garantindo o atendimento habitacional imediato para todas as famílias que por ventura fiquem desabrigadas por conta de remoções forçadas.
Os vereadores se comprometeram a trabalhar para que o texto possa ser votado em primeira discussão no começo de abril. “Eu acredito que a votação deve acontecer na semana que vem. Está prevista para quarta-feira (2/4) a votação na Comissão de Política Urbana. Em seguida, o projeto vai a plenário e esperamos que ele possa ser votado em primeira uma semana depois”, afirmou Bonduki.
Antes da aprovação definitiva do projeto também estão previstas uma série de audiências públicas nas quais o projeto final será amplamente debatido com a sociedade.
Matéria publicada orginalmente no portal da Câmara Municipal de São Paulo.