Estudo do IBPT comprova que o Brasil se mantém no topo do ranking dos países que mais arrecadam e oferece os piores serviços à população
O Brasil está entre os 30 países de maior carga tributária do mundo, mas continua oferecendo os piores serviços à população em termos de saúde, educação, transporte, segurança, saneamento, pavimentação das estradas e outros. A constatação é do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação – IBPT, que lança hoje, 3 de abril, a quinta edição do estudo "Carga Tributária/PIB X IDH" , disponível no site www.ibpt.org.br.
Referência na análise e estudos sobre a carga tributária brasileira, o IBPT considerou o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH de 2012 e a carga tributária brasileira, do mesmo ano, para criar o Índice de Retorno de Bem Estar à Sociedade – o IRBES, que mede a contrapartida dada ao contribuinte pelos impostos que paga ao governo federal, estaduais e municipais. Os Estados Unidos ocupam a primeira colocação no ranking, oferecendo melhor retorno aos cidadãos, seguido da Austrália, Coréia do Sul e Irlanda. O Brasil aparece na 30ª colocação, atrás de nações vizinhas, como Uruguai e Argentina, classificados na 13ª e 24ª posição, respectivamente, em termos de retorno aos contribuintes.
”A Bélgica, que tinha uma carga tributária de 44% em 2011 e ocupava a 25ª colocação no ranking do estudo anterior, passou a ser o 8ª país com melhor retorno à sua população e reduziu sua carga para 30,70%. O Brasil, no entanto, permanece como o último colocado e, apesar de registrar sucessivos recordes de arrecadação de tributos, ainda não oferece condições adequadas para o desenvolvimento da sociedade”, observa o presidente-executivo do IBPT, João Eloi Olenike.
De acordo com Olenike, os brasileiros se lembram que pagam tributos apenas nesta época de entrega da Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física – IRPF. “No entanto, mesmo aqueles que são isentos da declaração pagam IPVA, IPTU, taxas de serviços públicos, além dos tributos embutidos em produtos e serviços que consomem durante todo o ano”, alerta.
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Matéria originalmente publicada no portal do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT)