Segundo balanço parcial da Secretaria de Transportes de São Paulo, 208 taxistas foram multados na manhã desta segunda-feira (14) por usarem corredores exclusivos de ônibus.
As novas regras de circulação nos corredores estão em vigor há um mês, mas começaram a vale na prática hoje, com o início da fiscalização.
Táxis estão proibidos de usar as pistas exclusivas das 6h às 9h e das 16h às 20h –o desrespeito rende multa de R$ 127,69.
Antes, os corredores eram liberados o dia todo desde que os táxis tivessem passageiros. A mudança ocorreu após estudo da prefeitura apontar prejuízo à velocidade dos ônibus por causa dos táxis e por pressão do Ministério Público.
A fiscalização está sendo feita por agentes da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e da SPTrans (empresa municipal de transportes).
Apesar das multas, a reportagem circulou por corredores da cidade e constatou que a regra está sendo respeitada pela maioria dos taxistas.
No cruzamento da avenida Rebouças com a rua Oscar Freire, por exemplo, apenas um táxi invadiu o corredor no sentido centro das 17h às 17h30. Pelo estudo da prefeitura, o fluxo de táxis nesse ponto, no mesmo período, chegava a 86 antes da nova regra.
Enquanto apenas um táxi entrou no corredor, 20 outros veículos usaram a pista exclusiva para fugir do congestionamento da avenida. Entre eles cinco motociclistas e três carros de autoridades, que usavam placa oficial em cima da regular.
De acordo com o balanço da secretaria, 215 veículos comuns foram autuados pela CET por invadirem corredores hoje no pico da manhã.
Os números do balanço podem aumentar, pois faltam dados dos veículos comuns multados pela SPTrans e os dados da fiscalização de alguns corredores da cidade.
Passageiros
A proibição agradou aos passageiros de ônibus. "Acho correta a proibição. Às vezes, estou atrasada e eles lotam a pista. Se o corredor é para ônibus, não tem que ter táxi", diz a Gilda Marinho Correia de Lima, 41.
O técnico em manutenção Márcio Fernandes dos Santos, 35, aponta outra solução e diz que o principal problema não são os táxis, mas a forma de embarque. "Se pagasse em uma catraca antes de entrar no ponto, a demora seria menor", diz.
Matéria originalmente publicada no jornal Folha de S. Paulo