Prefeitura regulamenta os ‘parklets’, espaços que ampliam o passeio público por meio de implantação de plataforma sobre locais de estacionamento. Concepção é a mesma da Vaga Viva.
Por Airton Goes, da Rede Nossa São Paulo
Espaços que atualmente são utilizados para estacionamento de automóveis, em determinadas vias da cidade, poderão vir a ser ocupados para convivência e lazer. Decreto da Prefeitura de São Paulo, publicado no Diário Oficial do Município desta quinta-feira (17/4), regulamenta a criação desse tipo área, chamada de “parklet”.
De acordo com o decreto, o parklet será uma ampliação do passeio público, que será criado por meio da instalação de plataforma sobre o nível carroçável da via pública. Sobre essa plataforma poderão ser instalados bancos, floreiras, mesas e cadeiras entre outros mobiliários e equipamentos destinados à recreação ou manifestações artísticas.
Para a instalação do espaço de convivência, é necessário um pedido por parte de pessoa física ou jurídica à subprefeitura da região. E o local onde se pretende implantar o parklet precisa atender todas as regras previstas na regulamentação.
Não pode, por exemplo, estar situado em via com faixa exclusiva de ônibus, ciclovias ou ciclofaixas. Também não será permitido em vias com limite de velocidade acima de 50 quilômetros por hora. Além disso, a instalação não poderá ocupar espaço superior a 2,20m de largura e 20 metros de cumprimento em vagas paralelas ao alinhamento da calçada.
Confira aqui outras informações sobre a instalação dos parklets.
Novo espaço tem a mesma concepção da Vaga Viva
Há sete anos a Rede Nossa São Paulo e outras organizações da sociedade civil promovem a Vaga Viva como uma das atividades da Semana da Mobilidade (de 15 a 22 de setembro).
Na Vaga Viva, os participantes ocupam um espaço na via pública onde habitualmente teria dois ou três automóveis estacionados, para transformá-lo em um local de convivência, em que as pessoas possam se sentar, conversar e relaxar da correria diária.
A ação visa chamar a atenção da sociedade para a necessidade de uma mudança cultural, que passe a valorizar mais os espaços públicos em detrimento da ocupação cada vez maior por parte dos automóveis. Trata-se de um convite à reflexão sobre a forma como foi estruturada a cidade, que é voltada para os carros e não para as pessoas.
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