Por Câmara Municipal de São Paulo
O sistema de coleta seletiva deverá contemplar todos os bairros da capital paulista até 2016, afirmou na segunda-feira (12/5) o secretário municipal de Serviços, Simão Pedro Chiovetti, durante o seminário Legislação para o Lixo Zero, realizado na Câmara Municipal de São Paulo. De acordo com ele, atualmente, apenas 46% dos domicílios realizam a coleta seletiva em São Paulo.
Ainda segundo Chiovetti, São Paulo gera diariamente em torno de 20 mil toneladas de resíduos. Deste montante, menos de 2% são reciclados. O plano de metas da prefeitura prevê que esse índice chegue a 10%. “O plano da prefeitura é construir quatro grandes centrais de reciclagem mecanizadas, cada uma delas com capacidade de 250 toneladas por dia, que é o total que nós reciclamos hoje com todas as cooperativas. Então, já a partir deste ano, nós vamos triplicar o volume de reciclagem para 750 toneladas”, explicou o secretário.
A meta ainda está muito abaixo de outros países, como a Suécia, que atualmente recicla 99% de todo o lixo produzido. No país, existem hoje cerca de 6.000 estações de reciclagem e 79 aterros – a maioria deles será fechada no ano que vem.
Para o sueco Pal Martenson, diretor do primeiro eco-parque do mundo, o Kretsloppsparken, é importante que haja uma prevenção de geração de lixo: “Focamos muito na prevenção e tem muita informação circulando”.
Já em São Francisco, na Califórnia (EUA), o índice de encaminhamento de lixo para reciclagem chega a 80%. Segundo Tracie Bills, da California Resource Recovery Association, política legislativa e fiscalização são fundamentais para chegar ao lixo zero, mas não são suficientes. “Tem que ter um plano antes de implementar proibições. (…) Alguém tem que se encarregar de receber e processar esses materiais. E é preciso educar”.
Matéria publicada originalmente no portal da Câmara Municipal de São Paulo.