Dados da prefeitura apontam que as faixas exclusivas de ônibus implantadas pela gestão Fernando Haddad (PT) melhoraram o desempenho dos ônibus nas vias que receberam a medida, mas tiveram impacto menor no sistema de transporte como um todo.
Por outro lado, houve uma piora na velocidade do trânsito geral e um aumento nos índices de congestionamento.
Apesar disso, não houve uma grande mudança nos hábitos do paulistano.
O número de passageiros nos ônibus não cresceu significativamente com as novas faixas. Do começo de 2013 até o mesmo período deste ano, ficou praticamente estável –o aumento foi de 0,3%. Ao mesmo tempo, a frota de carros da cidade cresceu 3%.
Para especialistas, são necessárias mudanças estruturais, como na organização das linhas e na requalificação dos corredores existentes –que ficam à direita das vias–, além de tirar do papel os projetos de novos corredores, para que haja impacto maior.
A gestão diz que as faixas foram apenas o primeiro passo, mas que já foram responsáveis por reduzir o tempo gasto no transporte. Levantamento feito no ano passado, e citado sempre por Haddad, apontou uma economia de 38 minutos por dia, em média, nos tempos de viagem.
Matéria originalmente publicada no jornal Folha de S. Paulo