São Paulo foi considerada a cidade mais influente da América Latina em um ranking que avaliou 50 metrópoles globais.
A lista é liderada por Londres, Nova York, Paris, Cingapura e Tóquio. A capital paulista aparece na 23ª posição – a cidade latino-americana mais bem posicionada.
O estudo foi elaborado pela Civil Service College de Cingapura e a Chapman University.
As cidades foram avaliadas em oito categorias, que consideraram conectividade aérea, diversidade, investimento estrangeiro direto, sedes de empresas, produção de serviços, serviços financeiros, tecnologia e mídia, e dominação industrial.
Nenhuma outra cidade brasileira apareceu no ranking.
"São Paulo é o coração econômico da maior economia da América do Sul, e tem a maior bolsa de valores (da região). A maior cidade e a capital comercial do Brasil se tornou sede da operação de várias empresas para a América Latina, apesar da língua, crime e outros problemas", disse o estudo.
A publicação destacou que São Paulo é a que tem a maior diversidade racial no país – "e talvez de toda a América Latina" – e possui a maior comunidade japonesa do mundo, com 600 mil imigrantes.
Mas disse que apesar disso a comunidade de estrangeiros ainda é "extremamente pequena" – menos de 1% da sua população de mais de 20 milhões de habitantes.
São Paulo está acima de Miami – que aparece em 29º lugar e é citada no relatório como "capital da América Latina", por atrair muitos negócios de toda a região.
'Prisioneira da geografia'
O estudo diz que as cidades globais não se destacam primariamente pelo seu tamanho, mas pela eficiência que têm. Elas ainda lucram com a relação que têm com a língua inglesa, o que impõe "preocupações" para grandes outros polos, como os localizados na Rússia e na China.
"Muitas megacidades no mundo em desenvolvimento estão crescendo cerca de três vezes mais rapidamente do que aquelas em países de alta renda. Certamente, a maioria das maiores cidades do mundo está no mundo em desenvolvimento", diz o estudo.
"Mas apesar do grande tamanho que têm, estas cidades, em grande parte, não são centros importantes para serviços globais de tecnologia, finanças e negócios."
Os autores dizem que a América Latina possui diversas megacidades, mas nenhuma está perto das dez melhores.
Cidade do México e Buenos Aires também foram incluídas no ranking, nas posições 41 e 44, respectivamente.
"Um dos maiores problemas para todas as cidades da região (América Latina) é a conexão física, particularmente ao leste da Ásia, que segue inatingível por voos diretos", disse o estudo.
"Em parte prisioneira da geografia, a América Latina está geralmente muito distante dos centros econômicos do leste da Ásia e Europa e, com exceção a Cidade do México, também não está nem perto da América do Norte".
São Paulo ficou atrás de cidades de outros grandes países emergentes, como Pequim e Xangai, na China, e Moscou, na Rússia, mas à frente de Mumbai e Nova Déli, na Índia.
Incubadora de empresas
A cidade brasileira também aparece em um outro ranking citado no relatório, elaborado por um projeto chamado Startup Genome, que avalia os melhores lugares para se começar um negócio no ramo da tecnologia.
Neste ranking de 20 cidades da Startup Genome, São Paulo aparece como 13ª cidade com melhor ambiente para surgimento de novas empresas de tecnologia.
As primeiras regiões e cidades são o Vale do Silício, Tel Aviv, Los Angeles, Seattle e Nova York.
A única outra cidade latino-americana nesta lista é a capital chilena, Santiago, em 20º lugar.
Matéria originalmente publicada no portal da BBC