Uma das principais áreas de lazer do paulistano, Ibirapuera foi eleito melhor parque da América do Sul e do Brasil pelo Travellers Choice 2014, prêmio promovido pelo site de viagens TripAdvisor.
Por Secretaria Municipal de Licenciamento
O Parque Ibirapuera completa 60 anos nesta quinta-feira (21) e, para comemorar o aniversário de uma das principais áreas de lazer da cidade, a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente preparou uma série de atividades gratuitas até o fim do mês.
O “parabéns” ao parque está marcado para as 19h, com show das águas com projeção de luzes e som na Fonte Multimídia.
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O Parque Ibirapuera reúne diversas opções de lazer, esporte e cultura, e recebe cerca de 220 mil visitantes a cada semana. Somente aos domingos, são em média 120 mil visitantes. E o reconhecimento não é só do público. Em junho passado foi eleito 8º melhor parque do mundo de acordo com o Travellers Choice 2014, prêmio promovido pelo site de viagens TripAdvisor. O primeiro lugar ficou com o Stanley, em Vancouver (Canadá). O Ibirapuera ainda ficou à frente de famosos pontos turísticos como o Parque do Retiro, em Madri (Espanha), o Jardim de Luxemburgo, em Paris (França), e o Vondelpark, em Amsterdã (Holanda).
Nos recortes "América do Sul" e "Brasil", o Ibirapuera liderou os dois rankings. Na primeira categoria, ficou à frente do Bosques de Palermo, em Buenos Aires, e do Parque General San Martín, em Mendoza, ambos na Argentina. No Brasil, foi seguido por Mangal das Graças, de Belém, e do Parque Barigui, em Curitiba.
Até esta semana, mais de 6.000 viajantes avaliaram o parque. Desses, cerca de 3.600 o classificaram como excelente e mais de 2.100 como muito bom. "Um ponto verde na selva de concreto. Relaxante e com uma paisagem linda. Aproveite o verde, os lagos e esqueça o cinza da cidade grande ao seu redor", assim o TripAdivisor define o Ibirapuera.
Mais do que um ponto verde, entretanto, o parque reúne em seus mais de 1,5 quilômetros quadrados uma série de monumentos e equipamentos de esporte e cultura, além de cafés e lanchonetes. O local recebe ainda diversas atrações artísticas e culturais de relevância nacional e internacional, tais como a Bienal de Artes, a Feira das Nações e a São Paulo Fashion Week. Alguns dos equipamentos ali instalados servem ainda como centro de convenções, atraindo seminários e fóruns voltados ao setor de negócios.
História
O espaço que hoje conhecemos como parque era uma aldeia indígena conhecida como Ypy-ra-ouêra, palavra que em tupi-guarani que significa árvore apodrecida. Isso porque a área era extremamente alagadiça, com solo de várzea.
Os primeiros planos para a transformação da área em um parque urbano datam da década de 1920. Buscava-se a construção de um parque nos moldes do Hyde Park, de Londres, ou do Central Park, de Nova York. As características da área extremamente úmida, no entanto, dificultavam a execução dos planos. Foi então que Manuel Lopes de Oliveira, então funcionário da prefeitura e um apaixonado por plantas iniciou um plantio de árvores ornamentais e exóticas a fim de acabar com o excesso de umidade do local. O esforço do funcionário deu certo e hoje o parque abriga um viveiro que leva seu nome, o Manequinho Lopes. O espaço possui uma diversidade de plantas, estufas de orquídeas e está aberto à visitação pública.
Em 1951, o então governador do estado Lucas Nogueira Garcez institui uma comissão mista composta por representantes dos poderes públicos e da iniciativa privada para que o parque fosse o principal marco das comemorações do 400º aniversário da cidade, em 25 de janeiro de 1954. Apesar dos esforços, o Ibirapuera só foi inaugurado em 21 de agosto daquele ano. O projeto foi concebido pelo arquiteto paisagista Augusto Teixeira Mendes, e o arquiteto Oscar Niemeyer desenvolveu o núcleo de edificações da centralidade cultural (Marquise, Museu Afro, OCA, Auditório e Bienal). O paisagista Roberto Burle Marx elaborou o desenho da praça que hoje tem seu nome.
Cultura, esporte e lazer
Entre os equipamentos instalados no Parque do Ibirapuera, merecem destaque o Planetário, a Bienal da Artes, os Museus de Arte Contemporânea (MAC), de Arte Moderna (MAM), Afro-Brasil e a OCA, além do Auditório do Ibirapuera.
O parque também conta com uma série de opções de atividades esportivas. Há aparelhos de ginásticas, 11 quilômetros de pistas para caminhadas e corridas, 3 quilômetros de ciclofaixa, sete quadras poliesportivas para jogar vôlei, basquete e futebol, além de dois playgrounds.
A programação cultural dos espaços alocados no Parque é atualizada mensalmente e pode ser conferida no site da Secretaria do Verde e no Meio Ambiente.
Fauna e Flora
Mais de 200 espécies dividem o espaço com milhares de usuários que visitam o parque diariamente. São borboletas, peixes, répteis (cágados, tigres-d'água e serpentes), anfíbios, mamíferos e 156 espécies de aves. No lago, já foram observadas colhereiro, cabeça-seca e marreca-parda. Nos gramados, joão-de-barro, canário-da-terra e cardeais. Nos bosques, não é raro ouvir papagaios, maracanãs e periquitos e melodias de sabiás.
É possível observar várias espécies de beija-flores, pica-paus, pombos silvestres e papa-moscas e representantes migratórios, que chegam à cidade na primavera. Nesse período, arapongas, sabiás-ferreiro e os anambés fazem escala rápida no parque e seguem viagem para áreas mais florestadas da cidade.
A grande quantidade de aves atrai ainda predadores como o gavião-de-cauda-curta, gavião-de-cabeça-cinza, gavião-miúdo, quiri-quiri, falcão-de-coleira e peregrino, além de corujas como mocho-diabo. O "martelar" das arapongas, sem dúvida, é o canto que mais chama atenção do público, formando uma legião de curiosos sob seus poleiros.
A vegetação local é formada de eucaliptal com sub-bosque, bosques heterogêneos, jardins, gramados e alamedas de alecrim-de-campinas, alfeneiro, bambu-chinês, chichá, falsa-figueira-benjamim, guariroba, ipê-roxo, jerivá e seafórtia. Há conjuntos de carvalho-brasileiro, jaqueira, pínus e sete-capotes e exemplares isolados de espécies como figueira-de-bengala, pau-brasil, pau-ferro e tamareira-das-canárias.
Em um trecho do Córrego do Sapateiro há vegetação ribeirinha espontânea protegida por uma cerca. Foram registradas 494 espécies, das quais 16 estão ameaçadas como a cabreúva, o chichá e o pau-marfim. O Viveiro Manequinho Lopes produz mudas de espécies ornamentais herbáceas, arbustivas, trepadeiras, de interior e plantas medicinais para uso no município, além de receber e distribuir mudas de árvores usadas nos programas de arborização urbana. O parque conta ainda com as coleções de plantas ornamentais, hortícolas e medicinais do campo experimental da Escola de Jardinagem, utilizadas nas aulas práticas de seus cursos.
Acesso
O parque possui 10 portões com horários e formas de acesso diferenciados. Normalmente, o parque abre às 5h e é fechado às 24h. Aos finais de semana, entretanto, o parque não é fechado e permanece aberto das 5h de sábado até 24h de domingo.
Para pedestres:
– Avenida IV Centenário, portões: 05, 06 e 07A;
– Avenida Pedro Álvares Cabral, portões: 02, 03, 04, 09 e 10.
– Avenida República do Líbano, portões: 07, 08 e 09A.
Para veículos:
– Av. Pedro Álvares Cabral – Portões: 03 (cartão zona azul) e 10 (somente veículos credenciados).
– Av. República do Líbano – Portão 07 (cartão zona azul).
Horário dos portões:
– Portões: 02*, 03, 05 e 10*, das 5h às 24h.
– Portões: 04, 06 e 09, das 5h às 22h.
– Portões: 07, 08 e 09A, das 6h às 20h.
– Portão: 07A, das 07h às 17h.
* Portões 2 e 10 aberto 24h de sábado para domingo
Matéria publicada originalmente no portal da Prefeitura de São Paulo.