Departamento de Água e Energia Elétrica assumiu compromisso de manter vazão do Rio Atibaia, que abastece cinco cidades da região
Por José Maria Tomazela
Apesar de estar com apenas 12,6% da capacidade, incluída a reserva técnica conhecida como volume morto, o Sistema Cantareira está bancando quase que integralmente o abastecimento de Campinas, no interior do Estado. Dos 4 metros cúbicos por segundo liberados para manter o nível do Rio Atibaia, que abastece cinco cidades da região, 3,7 m3/s são captados para atender 1,1 milhão de habitantes de Campinas. O restante da água é disputado pelos municípios de Paulínia, Atibaia, Itatiba e Valinhos. Já o Cantareira também abastece a Grande São Paulo.
Na passagem por Campinas, o Atibaia tinha vazão total de 4,93 m³/s na tarde desta quarta-feira (20). O nível baixa drasticamente após a captação feita pela empresa Sanasa, responsável pelo abastecimento de Campinas, na altura do Distrito de Souzas. Em Paulínia, próximo da foz, a vazão era de apenas 1,48 m³/s. No início de agosto, o Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE), órgão do governo estadual, autorizou um aumento de um metro cúbico – de 3 para 4 m³/s – na vazão do Cantareira para o Rio Atibaia para evitar um colapso no abastecimento de Campinas.
Com os rios da bacia fortemente afetados pela seca, os afluentes chegam ao Atibaia com pouca água. Neste mesmo período, no ano passado, a vazão do rio era de 13,85 m³/s, quase três vezes a atual. O Atibaia responde por 95% do abastecimento de Campinas e, apesar do rio estar operando no limite, a Sanasa garante que não haverá falta de água. De acordo com a empresa, o DAEE assumiu compromisso de manter vazão suficiente para garantir o abastecimento nas cidades da região. Ainda segundo a empresa, campanhas de uso racional resultaram numa economia de 20% no consumo de água em julho.
Matéria originalmente publicada no jornal O Estado de S. Paulo