Haddad estima investir R$ 7,8 bi em melhorias; para a administração municipal, suspensão de lei que previa alta do IPTU reduz verbas.
Por Adriana Ferraz e Diego Zanchetta
Em seu terceiro ano de governo, o prefeito Fernando Haddad (PT) estima investir R$ 7,8 bilhões em melhorias na cidade. Três prioridades foram definidas pelo governo: transportes, habitação e drenagem. O valor, que consta da proposta de lei orçamentária de 2015, é 27% menor que a meta deste ano, que foi de R$ 10,7 bilhões.
Segundo a Prefeitura, a suspensão pela Justiça da legislação que previa alta de até 35% no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) continua a atrapalhar os planos de alta nos investimentos. Sem a arrecadação extra de quase R$ 800 milhões prevista com o aumento do tributo, falta verba no caixa para pagar as contrapartidas exigidas pela União para firmar novos convênios.
Neste ano, o impasse que impediu o reajuste dos boletos de IPTU fez cair a projeção final de investimentos, de acordo com a Prefeitura. Até dezembro, estima-se que serão investidos R$ 4,4 bilhões – ante os R$ 10,7 bilhões orçados. O secretário municipal de Finanças, Marcos Cruz, estima que a perda foi de até R$ 3 bilhões. “A contrapartida geralmente é de 1 para 2 ou 1 para 3. Isso quer dizer que, se tivéssemos quase R$ 1 bilhão a mais de recursos, poderíamos ter de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões a mais de investimentos”, diz.
A secretária municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, Leda Paulani, ressalta que o nível de investimentos em 2014 aumentou de forma significativa. “O prefeito tem dito que a cidade precisa no mínimo de R$ 6 bilhões. Não foi possível, mas agora esperamos tirar um pouco desse atraso.”
Matéria originalmente publicada no jornal O Estado de S. Paulo