A partir do próximo ano, o governo estadual vai implantar escola em tempo integral em 17 escolas do Estado que atendem crianças do 1º ao 5º ano do ensino fundamental.
Segundo a Secretaria de Estado de São Paulo, a medida é inédita e vai beneficiar mais de 5.000 alunos que vão contar com a jornada estendida de até oito horas e meia. Atualmente, 75 mil alunos dos anos finais dos ensinos fundamental e médio já são atendidos neste modelo.
A secretaria explica que, além das aulas, os estudantes vão ter disciplinas como linguagens artísticas, práticas laboratoriais, cultura do movimento e língua inglesa.
Para atender a faixa etária entre 6 e 11 anos, os espaços físicos das escolas também serão remodelados. O objetivo é que as salas de aula, o refeitório, a brinquedoteca e o parque sejam ambientes de conhecimento. Outro ponto de destaque é a participação efetiva dos pais nas decisões da escola. Eles farão parte de uma assembleia com encontros semanais.
Assim como ocorre nas escolas que já contam com o novo modelo, os professores cumprirão o regime de dedicação exclusiva e terão direito à gratificação de até 75%. A previsão é que o número de educadores em cada unidade aumente 40% em relação a uma escola regular.
"Nos últimos quatro anos, o número de alunos matriculados em regime integral nas escolas estaduais de São Paulo aumentou 45%. A permanência de crianças e jovens mais tempo na escola contribui para a formação intelectual e social. É, portanto, uma prioridade para a Secretaria da Educação", afirma o secretário da Educação, Herman Voorwald.
Além das 182 unidades do Novo Modelo de Tempo Integral, atualmente o Estado mantém outras 255 escolas escolas de tempo integral com carga horária superior a 7 horas, nas quais os estudantes fazem atividades culturais, esportivas e educativas no contraturno.
Matéria originalmente publicada no jornal Folha de S. Paulo