As pancadas de chuva que caíram no final da tarde desta terça-feira (9) não foram suficientes para frear a queda do nível dos principais reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo.
De acordo com a Sabesp, o nível dos seis reservatórios registrou queda nesta quarta-feira (10). A mais acentuada foi no sistema Rio Claro, que atende a 1,5 milhão de pessoas, teve queda de 0,6 ponto percentual e opera com 27,7% de sua capacidade.
O reservatório de Rio Grande, que fornece água para 1,2 milhão de pessoas, registrou queda de 0,3 ponto percentual. Sua capacidade nesta quarta é de 61,8% ante 62,1% do dia anterior.
O nível do sistema Alto Tietê, que abastece 4,5 milhões de pessoas, caiu 0,2 ponto percentual e opera com 4,4% de sua capacidade. O sistema, que abastece os moradores na região leste da Grande São Paulo, depende de chuva intensa nas próximas semanas para não entrar em colapso em janeiro, antes mesmo do Cantareira.
Segundo Roberto Kachel, engenheiro especialista em hidrologia e membro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, será preciso chover acima da média histórica -de 6,2 mm/dia em dezembro- nas próximas semanas para ele não se esgotar. "Se chover na média tudo indica que a água no Alto Tietê acaba em 30 dias", afirma.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta terça que a Sabesp já encaminhou ao Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo) o pedido de autorização para o uso do volume morto -água abaixo das bombas de captação- do sistema Alto Tietê.
Já o nível do sistema Cantareira, que abastece 6,5 milhões de pessoas, caiu 0,1 ponto percentual e opera com 7,6% de sua capacidade –que já inclui o segundo volume morto.
O nível dos reservatórios Guarapiranga e Alto Cotia teve queda de 0,2 ponto percentual cada um. O Guarapiranga, que fornece água para 4,9 milhões de pessoas, opera com 31,4% de sua capacidade ante 31,6% do dia anterior. O sistema Alto Cotia, que atende a 400 mil pessoas, opera com 29,2% de sua capacidade nesta quarta.
Em novembro, o percentual de moradores que conseguiram reduzir em 20% ou mais o consumo de água na região metropolitana de São Paulo subiu echegou a 53% no mês de novembro, segundo balanço divulgado esta semana pela Sabesp.
Matéria originalmente publicada no jornal Folha de S. Paulo