Nesse momento, em que o Governo Federal estabelece uma série de medidas de ajuste fiscal, o Sindicato dos Economistas no Estado de São Paulo propõe a realização de uma ampla reforma tributária.
De acordo com a entidade sindical, a proposta visa retomar o desenvolvimento econômico e, ao mesmo tempo, promover a justiça social no país.
A proposta, segundo os promotores da iniciativa, parte da constatação de que existe uma enorme injustiça tributária no Brasil, onde a população de baixa renda, devido ao peso dos tributos indiretos, paga proporcionalmente mais impostos do que as camadas mais privilegiadas da sociedade.
Diante disso, o documento propõe a diminuição dos tributos indiretos e o aumento dos tributos diretos sobre a riqueza, a renda, a propriedade e a herança.
O Sindicato dos Economistas argumenta que a incidência maior dos tributos diretos já ocorre em países desenvolvidos, como Inglaterra, Alemanha e outros.
“Em recente pronunciamento, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, também defendeu em seu país o aumento dos impostos sobre os mais ricos”, relata Odilon Guedes, diretor da entidade sindical e coordenador do Grupo de Trabalho (GT) Orçamento da Rede Nossa São Paulo.
Na avaliação de Guedes, as medidas propostas para a reforma tributária brasileira contribuem diretamente para o aumento da capacidade de investimento do Estado e favorecem a população de baixa renda, a classe média e as pequenas e médias empresas.
“Para tanto, é necessário o engajamento da sociedade brasileira no combate à corrupção, para que os tributos arrecadados pelo Estado não se percam nas perversas tramas de desvio de recursos públicos e tenham como fim o benefício do conjunto da população”, defendeu o economista.
O Sindicato dos Economistas pedirá apoio aos sindicatos dos trabalhadores, dos empresários, às centrais sindicais, confederações e demais entidades da sociedade civil. “A proposta de reforma tributária é de interesse nacional e deve ser vista com generosidade, sobrepujando diferenças políticas e ideológicas”, considerou Guedes.
Posteriormente, a proposta será encaminhada à presidente Dilma Rousseff, ao Senado Federal e à Câmara dos Deputados.
Confira aqui a proposta de reforma tributária do Sindicato dos Economistas do Estado de São Paulo.