Moradores pedem urgência em obras nos córregos e no Hospital do Jaçanã/Tremembé

Por Câmara Municipal de São Paulo

Há quarenta anos os moradores da região dos córregos Tremembé e Paciência sofrem com enchentes de grande proporções, a água chega a subir 1,50 cm de altura com uma correnteza tão forte que abre portões e derrubam muros. O Hospital Municipal São Luiz Gonzaga, único que atende os quase 300 mil habitantes da região, também foi muito lembrado pelos moradores que pedem uma reforma e mais médicos para a melhora do atendimento. A otimização de espaços culturais e de esportes também foi lembrada pelos jovens.

Essas foram as principais demandas da população que participou da quarta edição do projeto “Câmara no seu bairro”, Sessão Pública realizada pela Câmara Municipal, na manhã do p sábado (28/03), no CEU Jaçanã, zona norte de São Paulo.

Para professora Zuleica Teixeira Mendes, moradora do bairro Vila Rosa, o projeto de drenagem da bacia do córrego Tremembé é uma urgência para os moradores da região do Horto Florestal. “Essa obra já foi apresentada há muito tempo, mas até hoje nada foi feito. A prefeitura e os vereadores precisam entender que se trata de uma urgência. Pagamos nossos impostos para morar em um lugar onde as enchentes destroem tudo que temos. Nossas casas são invadidas pela água com uma correnteza fortíssima, um risco de vida para as pessoas. A Prefeitura deveria impedir as grandes obras de adensamento em volta do bairro e priorizar a vida das pessoas, o que não está acontecendo”, afirmou.

Outra grande preocupação dos moradores é sobre o Municipal São Luiz Gonzaga , único hospital da região construído há mais de cem anos, já foi leprosário e referência no tratamento de tuberculose. Em 2013 recebeu da Secretaria Municipal de Saúde 320 mil reais que foram investidos em aparelhos, modernização e otimização de serviços, mas segundo os munícipes ainda não consegue atender plenamente.

O vereador Anibal de Freitas (PSDB), informou que existe um abaixo assinado da população para a construção de um novo complexo do hospital. “Essa reforma é uma urgência, são 104 anos de hospital com instalações precárias, a população precisa desse novo prédio”, ressaltou.

O vereador Conte Lopes (PTB), que nasceu e cresceu no bairro do Jaçanã, acredita que o local é esquecido pelo poder público e por isso não recebeu as obras de adequações necessárias. “Hoje estão esquecendo que a população da região cresceu e estão tratando como se fosse ainda aquele bairro pequeno do “trem das onze”, tem que mudar isso. São mais de 300 mil moradores nesse local. O governo tem que mudar a forma de como vê esse bairro, que hoje não tem nenhuma grande via, a última grande obra feita aqui foi há quarenta anos”, disse.

Os “pancadões”, movimentos da musica Funk que reúnem jovens realizando bailes ao ar livre nas ruas do bairro, também foram lembrados por incomodar bastante os moradores. Essas manifestações como falta de espaço para cultura e esportes foram justificadas pelos jovens que compareceram a sessão .

“Construíram uma Fábrica de Cultura aqui no Jaçanã que é muito bacana e que pode trazer novos caminhos para comunidade, mas o que adianta um espaço como este que não funciona, não existem projetos em vigência. Faltam recursos oficinas que motivem os jovens”, afirmou o jornalista Billywan Jr, morador do Jaçanã.

A construção de uma pista de skate também foi reivindicada. “O CEU Jaçanã não é um dos poucos que não tem uma pista de skate, a juventude da região precisa de mais áreas de lazer, é um direito nosso”, reivindicou Michele Tavares.

Para o presidente da Câmara, Donato (PT), o projeto “Câmara no Seu Bairro” tem sido um sucesso superando as expectativas e contribuindo para os trabalhos. “É necessário que a Câmara faça esse esforço para se aproximar da população e permitir que o cidadão possa ter essa interação com os vereadores. Estamos trabalhando com a equipe de sistematização para que os encaminhamentos sejam feitos para a prefeitura e, outros órgãos, quando não são atribuições municipais. E também fazer uma leitura política das principais reivindicações para que a gente possa entrar em questões importantes para cada bairro”, afirmou.

Matéria publicada originalamente no portal da Câmara Municipal de São Paulo.

 

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