Mobilidade, bicicleta e desigualdade social

Por Daniel Guth

A profunda desigualdade social ainda muito presente pode ser observada em diversas dimensões da vida em sociedade. Do mapa da fome à falta de moradia digna; da ausência de saneamento básico para alguns à qualidade do ensino público; da concentração de renda nas mãos de poucos à violência policial nos PPP’s (pretos, pobres, periferia).

A falência do modelo atual de mobilidade urbana, por sua vez, é também um importante sintoma da desigualdade social. E é sobre estes aspectos que me debruçarei neste artigo.

Desigualdade social #1: a oferta de transporte público

Segundo a pesquisa domiciliar Origem/Destino – realizada pelo Metrô a cada 10 anos na Região Metropolitana de São Paulo – quanto menor a renda familiar, maior o uso que se faz do transporte público. E quanto maior a renda, maior o uso de automóveis (veja gráfico abaixo).

Este por si só já seria um dado alarmante. Mas se cruzarmos o mapa de oferta de transporte público com o mapa de renda familiar, observaremos que os paulistanos mais dependentes do transporte público, ou seja, aqueles com renda mais baixa, moram em regiões com pior oferta de transporte público. E aqueles que não dependem do transporte público, pois optaram pelo transporte individual motorizado, moram em regiões onde há melhor oferta de transporte público.

Confira a reportagem completa no portal Uol.com.
 

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