A gestão Fernando Haddad (PT) mexeu com a circulação dos paulistanos pela metrópole. Em meio a polêmicas e críticas de falta de estudos de viabilidade, o prefeito deu prosseguimento a sua política de criação de faixas exclusivas de ônibus, ciclovias e parklets. Nessa disputa, os carros, modal responsável por um terço dos deslocamentos por São Paulo, perdem cada vez mais espaço.
Ainda na área de mobilidade, a gestão petista passou a reduzir os limites de velocidade máxima das vias arteriais da capital, sob a alegação de diminuir a letalidade dos acidentes de trânsito. Outra controvérsia suscitada, e aprovada no Plano Diretor Estratégico, prevê a desativação do Elevado Costa e Silva – resta, porém, saber o que fazer com o Minhocão: transformá-lo em parque ou demoli-lo? E para onde vão os carros?
Em tramitação na Câmara Municipal, a proposta de Lei de Zoneamento de Haddad também apresenta impasses e levanta debates acalorados. As Zonas Corredores (ZCor) criadas nas atuais Zonas Estritamente Residenciais (ZERs) ameaçam, segundo moradores de bairros como os Jardins, tirar o sossego de quem adquiriu o direito de viver em paz – e paga caro por isso.
O Estado reuniu, em cinco capítulos, especialistas em transportes, em urbanismo, moradores, líderes comunitários, empresários e autoridades, como o vereador da oposição Andrea Matarazzo (PSDB) e o próprio prefeito Haddad para dizer para onde vai São Paulo.
Acabou o sossego, por Edison Veiga
A disputa por espaço, por Bruno Ribeiro
50 é o limite, por Pablo Pereira
E se o Minhocão acabar?, por Mônica Reolom
Governo x Oposição, por Bruno Ribeiro e Edison Veiga
Reportagem originalmente publicada no jornal O Estado de S. Paulo (multimídia)