Para os debatedores do Connected Smart Cities, a fragmentação e a descontinuidade dos programas e das políticas públicas são grandes desafios para a governança.
Por Luana Copini, da Rede Nossa São Paulo
Como planejar os investimentos baseados em indicadores confiáveis com base nas reais necessidades da população e acompanhar as ações para resolução dos problemas da comunidade com o apoio da tecnologia foi o painel guiado pelo tema Governança apresentado durante o Fórum Connected Smart Cities – Cidades do futuro no Brasil. O evento foi realizado durante os dias 3,4 e 5 de agosto, em São Paulo.
Participaram da mesa de debate especialistas de diferentes áreas e atuações, representantes da gestão pública, ONGs, e do setor privado. Juan Mikalef, da Oracle, abriu as apresentações falando do aumento da população em áreas urbanas, enfatizando que precisamos de soluções inteligentes tanto do ponto de vista ambiental, como econômico e social para lidar com o crescimento populacional e seus impactos.
Ladislau Dowbor, professor da PUC-SP, abordou o regaste do espaço público, das políticas locais e das estruturas locais: bairros, praças, equipamentos regionais e de convívio, próximos à residência. Dowbor também destacou que a finalidade não é aumentar o PIB do país, mas sim viver melhor e feliz e para isso, segundo ele, o acesso à informação e ao conhecimento tem que ser público e generalizado. “No Brasil 85% da população é urbana e a gestão cada vez mais se desloca para o local, e não para o global. O médico, o supermercado, as coisas básicas ainda são locais. Por isso devemos pensar outras maneiras de gestão das cidades”.
Maurício Broinizi, coordenador executivo da Rede Nossa São Paulo, apresentou o Programa Cidades Sustentáveis e falou da importância de termos indicadores atualizados para o planejamento urbano. Para ele, a plataforma de indicadores e as diferentes ações promovidas pela Nossa São Paulo e pelo Programa Cidades Sustentáveis, auxiliam no processo de monitoramento das políticas públicas e no planejamento das ações e programas de metas da gestão pública.
João Paulo Capobianco, do Instituto Democracia e Sustentabilidade, apresentou a Plataforma Brasil Democrático e Sustentável e falou sobre guias e prioridades para o país caminhe no sentido da sustentabilidade.
A apresentação de Matheus Pedrosa dos Reis, da Associação Brasileira de Empresas de Soluções de TI (ABEPREST), foi feita dentro de um panorama de mercado e tecnologias digitais e de Elza Braga, da Diagonal, foi voltada a processos participativos inteligentes.
André Gomyde Porto, do Fórum Nacional de Ciência e Tecnologia da FNP, apresentou algumas ações da Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas, atribuindo a inteligência à conexão de propostas e do bom funcionamento das estruturas, que para ele, devem ser integradas.