Adoção do programa Rua Aberta foi aprovada em 16 das 21 audiências públicas realizadas até o momento. Vias que receberão as intervenções já foram escolhidas pelos cidadãos, entre elas as avenidas Paulista, Sumaré e Carlos Caldeira Filho
Por Secretaria Executiva de Comunicação
Moradores de 21 das 32 subprefeituras da cidade de São Paulo se reuniram em audiências públicas em seus bairros para debater, dar sugestões e fazer críticas à implementação do programa Rua Aberta em vias de suas regiões. Mais de 1.000 pessoas participaram dos encontros, que foram iniciados no último dia 19 e seguirão até 17 de outubro. O programa tem como objetivo abrir para pedestres e ciclistas ruas e avenidas de grande relevância no perímetro de 1 a 3 quilômetros, aos domingos e feriados, das 10 às 17 horas, como forma de promover uma melhor ocupação do espaço público e ampliar os espaços de lazer na capital paulista.
Confira aqui o calendário completo das audiências públicas, incluindo as que serão realizadas nos próximos dias.
Das 21 audiências já realizadas, em 16 regiões a adoção da programa foi aprovada pelos moradores. As vias que receberão as intervenções já foram escolhidas pelos cidadãos, entre elas as avenidas Sumaré, na Lapa, e Carlos Caldeira Filho, no Campo Limpo. Em outras cinco subprefeituras –Jaçanã/Tremembé, Freguesia/Brasilândia, Mooca, Vila Prudente e Capela do Socorro–, apesar de a audiência pública já ter acontecido, ainda não houve consenso entre os moradores, que sugeriram outras vias, rejeitando as apresentadas nos encontros. As sugestões serão analisadas pelas áreas técnicas das administrações regionais e discutidas em novas audiências públicas.
“As audiências servem, sobretudo, para fazer mudanças e retificações. Aqui [na Paulista], por exemplo, tivemos muitas sugestões, e é preciso tentar resolver essas questões colocadas. Isso não serve só para ouvir as pessoas e depois não fazer nada. É ouvir as pessoas e realmente buscar soluções para as questões levantadas”, afirmou o secretário de Coordenação das Subprefeituras, Luiz Antônio de Medeiros, na audiência que discutiu a abertura da Avenida Paulista, no último dia 19.
Com o impedimento do trânsito de veículos motorizados, a intenção é que as vias do Rua Aberta recebam atividades esportivas, gastronômicas e culturais gratuitas. Além de incentivar a apropriação dos espaços públicos, consolidando as relações sociais nos bairros, as políticas do programa também visam incentivar a comercialização de artesanatos e alimentos de baixo custo, considerando os empreendedores e artistas locais como peças fundamentais, promovendo a inclusão cultural, geração de renda e a recuperação urbana de espaços degradados e sem uso.
A iniciativa envolve as secretarias municipais de Coordenação das Subprefeituras, Transportes, Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo, Cultura, Segurança Urbana, Esportes, além da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e da Agência São Paulo de Desenvolvimento.
Sé
Na Subprefeitura da Sé, mais de 200 pessoas se reuniram no dia 19 (sábado), das 9h às 17h, para debater a adoção da medida na Avenida Paulista, no trecho entre a praça Osvaldo Cruz e a rua da Consolação. Entre as mais de 20 pessoas que fizeram intervenções no debate, apenas cinco foram contrárias à ideia. A medida ainda será debatida, as sugestões sistematizadas e analisadas por técnicos do município. No encontro, além das ações que estão sendo planejadas, foram apresentadas as medidas que servirão para mitigar possíveis efeitos no trânsito da região, com rotas alternativas e garantias de acesso de moradores, pacientes de hospitais ou hóspedes de hotéis.
Aricanduva
Também no dia 19, mais de 60 pessoas foram até a Subprefeitura de Aricanduva, na zona leste, para debater a abertura de uma via para ciclistas e pedestres. A via escolhida por unanimidade foi a Benedito Galvão, no trecho entre a Taubaté e a Apetiribu. Agora, a Prefeitura deverá marcar uma reunião com o moradores da rua escolhida para ajustar soluções e medidas para diminuir o impacto na via. A sugestão foi apontada por um técnico de Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que alegou que afeta menos o trânsito, pois a via é larga, tem 10 metros de largura, facilitando a ocupação das pessoas.
A rua Abel Ferreira, indicada pela Subprefeitura, foi rejeitada porque apenas um pequeno trecho pertence a Aricanduva. A maior parte dela pertence à Subprefeitura Mooca.
Campo Limpo
No último dia 19 (sábado), 23 pessoas foram até a Subprefeitura do Campo Limpo para participar da audiência pública do Rua Aberta. Em consenso, os moradores optaram pela avenida Carlos Caldeira Filho, no trecho entre o Metrô Campo Limpo e o Metrô Capão Redondo. O trecho tem uma extensão de 1,5 km, e a pista da avenida possui uma largura de 13 metros.
Além de atender a maior parte das necessidades exigidas pelo projeto, a implantação na via não vai causar impacto no trânsito local. O trecho escolhido é favorecido por ser totalmente isento de residências, comércios e não existirem itinerários de ônibus. A ausência do itinerário de ônibus não vai causar dificuldades para locomoção da população, pois a via é servida pelo Metrô e tem acesso fácil ao corredor de ônibus da Estrada de Itapecerica.
Lapa
Na Subprefeitura da Lapa, cerca de 20 pessoas compareceram no último dia 20 (domingo) para discutir em audiência pública a abertura de ruas e avenidas para pedestres e ciclistas da região. A rua escolhida pela comunidade foi a avenida Sumaré. Cinco pessoas fizeram o uso da palavra, e a maioria concordou com a realização do projeto na via, pedindo apenas a revisão do trecho de interdição da mesma, que será novamente discutido. A escolha se deu porque a via apresenta diversos comércios atrativos a pedestres e ciclistas, é de fácil acesso e possui transporte público próximo. A avenida não traria problemas no trânsito, pois oferece uma série de desvios para a população.
Outras duas vias foram sugeridas, mas não foram aceitas: Rua Estevão Barbosa Alves, na Vila Jaguara, e Rua Froben, na Vila Leopoldina. Moradores dessas regiões sugeriram que, além da Sumaré, o programa seja implantado simultaneamente na Avenida Gastão Vidigal ou mesmo na rua Froben, para fortalecer os locais, que ficam mais distantes da avenida escolhida. A sugestão será encaminhada e também debatida.
Cidade Ademar
Também no dia 20 (domingo), 30 pessoas foram até a Subprefeitura de Cidade Ademar, na zona sul, e optaram pela rua do Mar Paulista, que fica próxima a represa Billings, já é frequentada para prática de caminhada e tem mais opções de vias alternativas para absorver possíveis impactos. Outras quatro ruas foram descartadas, pois não se enquadram nos critérios do projeto.
Pirituba/Jaraguá
No último dia 22 (terça-feira), mais de 40 pessoas da Subprefeitura Pirituba/Jaraguá participaram de audiência pública que decidiu pela abertura da rua Professor Onésimo Silveira para pedestres e ciclistas aos domingos e feriados. Representantes das comunidades locais, do Conselho Participativo Local e da Associação Comercial de São Paulo estiveram presentes na subprefeitura para discutir, debater e votar nas opções apresentadas.
Butantã
Na última quinta-feira (24), os moradores da Subprefeitura do Butantã, além de aprovarem a implementação do programa Rua Aberta no bairro, optaram pela rua Major Walter Carlson, no Jardim São Jorge, para ser aberta para pedestres e ciclistas aos domingos. Cerca de 30 pessoas participaram da audiência pública, sendo que apenas uma se manifestou contrária à abertura de qualquer via da região para pedestres e ciclistas. Outras duas ruas, ambas preteridas pela população, também foram apresentadas durante os debates: rua Francisco Morazan e praça Elis Regina.
Santo Amaro
No último sábado (26), os moradores da Subprefeitura de Santo Amaro escolheram a avenida Engenheiro Eusébio Stevaux, única indicada, para as ações do Rua Aberta. Ao todo, 95 pessoas marcaram presença, sendo que 22 delas pediram a palavra para debater.
Vila Mariana
Também no sábado (26), 19 participantes da audiência pública na Subprefeitura da Vila Mariana optaram pela avenida Engenheiro Luís Gomes Cardim Sangirardi para ser aberta para pedestres e ciclistas aos domingos. Outras duas ruas apontadas e rejeitadas pelos moradores foram a avenida Indianópolis e a alameda Jauaperi.
Vila Maria/Vila Guilherme
Na Subprefeitura Vila Maria/Vila Guilherme, os moradores decidiram no sábado (26) que a via que participará do programa Rua Aberta será a rua Curuçá, travessa da avenida Guilherme Cotching. As outras opções eram a própria avenida Guilherme Cotching e também a avenida Nadir Dias de Figueiredo. Ao todo, 31 pessoas participam da audiência pública, sendo que oito delas pediram a palavra.
Itaquera
Mais de 30 pessoas participaram da audiência pública na Subprefeitura de Itaquera no sábado (26) e referendaram a única opção apresentada para abertura para ciclistas e pedestres aos domingos: a Avenida Miguel Inácio Curi, próximo a Arena Corinthians.
Sapopemba
Em Sapopemba, a Avenida Arquiteto Vilanova Artigas, única opção apresentada pela subprefeitura, também acabou referendada pelos 30 presentes na audiência pública, que durou cerca de uma hora e aconteceu no sábado (26).
Ermelino Matarazzo
Com 120 participantes, a audiência pública do programa Rua Aberta na região de Ermelino Matarazzo, no sábado (26), terminou com a escolha da rua Professor Antonio de Castro Lopes, no trecho entre avenida Buturussu até rua Ovidio Lopes.
M’Boi Mirim
Mais de 35 moradores da região do M’Boi Mirim referendaram em audiência pública no sábado (26) a Avenida Luiz Gushiken, única opção, como alvo das ações do programa Rua Aberta.
Jaçanã/Tremembé
No sábado (26), cerca de 40 moradores da região de Jaçanã/Tremembé analisaram e debateram seis opções de vias para serem abertas para ciclistas e pedestres, mas não chegaram a um consenso. Uma nova audiência com novas opções será marcada pela administração regional.
Vila Prudente
No sábado (26), 15 moradores da Subprefeitura da Vila Prudente rejeitaram as três opções de vias apresentadas para receber o programa Rua Aberta: a avenida Jacinto Menezes Palhares, além das ruas Aracati Mirim e Pinheiro Guimarães. Novas opções serão estudadas, além das sugestões apresentadas durante o encontro para debater uma nova alternativa no futuro.
Perus
No domingo (27), a Subprefeitura Perus definiu a via que fará parte do programa: a rua Salvador Albano, extensão com a rua Piero Tricca, no Jardim Santa Sé, no distrito Anhanguera. As opções preteridas foram as ruas Presidente Vargas e Ilha do Frade. Ao todo, 13 pessoas compareceram à audiência pública.
Pinheiros
A audiência pública do Rua Aberta na Subprefeitura Pinheiros, no domingo (27), contou com a presença de 43 cidadãos, teve duas vias aprovadas por maioria de votos para serem abertas para ciclistas e pedestres. As escolhidas foram as ruas Medeiros de Albuquerque e Henrique Chamma. As outras indicações foram rua Wizard, rua Oscar Freire, rua Rodésia, Avenida Frederico Hermann Junior, Avenida Paulo VI, Avenida Pedroso de Morais, Alameda Gabriel Monteiro da Silva, praça Panamericana, Avenida Luis Carlos Berrini, rua dos Pinheiros e Alameda Lorena, todas rejeitadas pelos participantes.
Freguesia/Brasilândia
Os cerca de 20 cidadãos presentes na audiência pública do programa Rua Aberta na região da Freguesia/Brasilândia, no domingo (27), rejeitaram as duas vias apresentadas como opções para abertura para ciclistas e pedestres aos domingos. As vias sugeridas foram as avenidas José da Natividade Saldanha e Tomás Rabelo e Silva. A CET acolheu outras propostas e se comprometeu a analisá-las para verificar as possibilidades de implantação no prazo de dez dias úteis. Depois disso, será convocada nova reunião para apresentar as propostas aprovadas para que os participantes façam a escolha definitiva.
Mooca
No domingo (27), cerca de 25 moradores da Mooca se reuniram para debater a implementação do Rua Aberta e rejeitaram as opções apresentadas durante a audiência pública. Foram apresentadas vias como as avenidas Vereador Abel Ferreira, Paes de Barros e Henry Ford, além das ruas Bresser, Cassandoca, Jumana e Barão de Monte Santo. Uma nova audiência será convocada.
Capela do Socorro
Na Capela do Socorro, cerca de 100 pessoas se reuniram no domingo (27) para debater uma via para o Rua Aberta. Após mais de 20 opiniões, depoimentos e sugestões, não se chegou a um acordo. As opções apresentadas foram a avenida do Arvoreiro, o autódromo de Interlagos e a rua Bilac. A maioria se posicionou contra a instalação do programa na Avenida Atlântica, alegando que na via existem parques. A partir da audiência, criou-se um grupo de trabalho que discutirá uma proposta alternativa e a encaminhará à subprefeitura.
Matéria publicada originalmente no portal da Prefeitura de São Paulo.