Objetivo é familiarizar a população com ferramentas de participação e transparência. Programa selecionou 48 agentes formadores para promover capacitação em todas as regiões da cidade.
Por Secretaria Executiva de Comunicação
Oficinas de formação em cultura de governo aberto capacitarão 25 mil pessoas para utilizar as ferramentas de participação e transparência na Capital. Em reunião no Centro Cultural São Paulo, nesta quarta-feira (7), foram apresentados nesta quarta-feira os projetos de 48 agentes formadores escolhidos para atuar em todas as regiões da cidade, selecionados por edital.
Na abertura do evento, Haddad defendeu o uso das novas tecnologias para aprofundar a democracia. “Esta iniciativa é justamente para verificar formas mais engenhosas de promoção de uma cultura digital que efetivamente aprofunde os processos democráticos. O intuito é quebrar paradigmas e fazer com que as pessoas tenham mais informações, mais juízo crítico e possam interagir na sociedade de forma a produzir consensos mais sofisticados”, afirmou Haddad.
A realização das 1.200 oficinas será dividida em duas etapas. A primeira, com 24 projetos, vai de novembro de 2015 a maio de 2016, e a segunda, com os demais projetos, será implantada de maio a novembro de 2016. As atividades são organizadas em quatro eixos: transparência e dados abertos, gestão participativa e mapeamento colaborativo, tecnologia aberta e colaborativa e comunicação em rede.
O edital de seleção, aberto entre julho e agosto de 2015, recebeu 250 inscrições. Destes, foram selecionados 48 projetos, que receberão um apoio mensal de R$ 1.000, durante seis meses. Os agentes formadores deverão realizar 10 horas mensais de formação, além de participar de todos os processos de acompanhamento, formação e discussão do programa com a Prefeitura e elaborar relatórios trimestrais das ações realizadas. A atividades serão realizadas em equipamentos públicos, como Centros Educacionais Unificados (CEUs). A zona oeste liderou a lista com 18 agentes selecionados, seguida pela zona leste, com 11; centro, com 9; e as regiões norte e sul, com 5 cada uma.
“Vamos começar o processo de diálogo com os agentes formadores. Nas oficinas, as pessoas vão poder aprender um pouco sobre programação, como usar as leis de acesso à informação e como incorporar aplicativos e a tecnologia na sua vida. A gente quer com isso que as políticas públicas na cidade sejam mais inovadoras, íntegras e participativas”, disse Gustavo Vidigal, secretário adjunto de Relações Internacionais e Federativas e coordenador da São Paulo Aberta.
O evento desta manhã encerra também um ciclo de formação em governo aberto realizado em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal do ABC (UFABC) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Os encontros tiveram a participação de cerca de 350 pessoas. Nesta manhã, a reunião contou com palestra das professoras Úrsula Peres (USP) e Gabriela Lotta (UFABC).
Pedro Elias, 22 anos, é um dos selecionados pelo edital, com um projeto de Design Livre. “Eu fiz o curso que teve na USP e achei muito bom eles decidirem dar este incentivo. Desde o começo do ano dou aulas de design gráfico para coletivos, entidades comunitárias, para ajudar na comunicação deles. Larguei de trabalhar em agência para fazer esse trabalho social porque me dá mais satisfação, a gente consegue transformar um lugar e as pessoas”, conta Pedro, que trabalha nos bairros da Brasilândia e Cachoeirinha, na zona norte.
A iniciativa é desenvolvida pela Controladoria Geral do Município e pelas secretariais municipais de Cultura, Relações Internacionais e Relações Governamentais, com apoio do Comitê Intersecretarial de Governo Aberto da Cidade de São Paulo – CIGA-SP. Participaram do encontro a secretária em exercício Maria do Rosário Ramalho (Cultura), os secretários Vicente Trevas (Relações Internacionais e Federativas) e José Américo (Relações Governamentais) e o Controlador Geral do Município Roberto Porto.
Matéria publicada originalmente no portal da Prefeitura de São Paulo.