Comissão de Administração Pública analisa metas para habitação

MARCOS CAMPOS, DA TV CÂMARA – Câmara Municipal de São Paulo

As metas para a habitação na Capital foram debatidas nesta quarta-feira em reunião da Comissão de Administração Pública da Câmara Municipal.

Mais de 8 mil imóveis já foram concluídos pela prefeitura. Outros 23.140 estão em construção. A meta é entregar 55 mil unidades até o final da gestão. Os números foram apresentados por engenheiros da Cohab. “Nós devemos concluir cerca de 35 mil unidades até o final de 2016, mas nós teremos cerca de 25 mil em andamento”, esclareceu Luis Henrique Tibiriça, superintendente de Habitação Popular da COHAB.

“Se somarmos a construção e o que foi entregue, já está batendo a casa dos 34 mil unidades. Já é uma marca sem precedentes nos governos passados e nunca ninguém construiu tantas moradias na cidade”,  disse o vereador Alessandro Guedes (PT).

“Hoje, o banco de terra é capaz de construir 128 mil unidades, ou seja, independentemente de quem for o próximo governo, vai existir terra programada para, se ele tiver vontade, construir moradia popular”, disse o vereador Andrea Matarazzo (PSDB), presidente da Comissão de Administração Pública. “Mas o que a gente percebe é que houve uma meta de 55 mil de habitações de interesse social, só que até agora foram entregue 5, 6 mil, e não passará muito de 8 mil até o final do governo. O programa de urbanização de favelas a gente vê que está paralisado, e não obstante eles colocam em metas cumpridas, porque tem algumas em projeto, outros em licenciamento, mas entrega que é bom, nada”, criticou.

A reforma de empreendimentos da Cohab e a venda de unidades depois de adquiridas pelos moradores também foram questionadas pelos vereadores. “A pessoa mora lá seis meses e até menos e depois vende o seu apartamento. Eu acho errado. Isso só acontece no Brasil. Quando você vai para Europa, se a pessoa quer devolver o seu apartamento, que vá até o CDHU ou a Cohab de lá e negocie o que ele já pagou, para que outra pessoa possa entrar”, disse o vereador Jonas Camisa Nova (DEM).

“Os empreendimentos que estão próximos da regularização são colocados para reforma, onde é feito uma reforma do empreendimento, uma revitalização também do crédito junto aos moradores. Enquanto não regularizar, não pode vender, com risco da pessoa que comprar com contrato de gaveta perder o apartamento”, esclareceu Tibiriça.

Matéria publicada originalmente no portal da Câmara Municipal de São Paulo.

 

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