Com investimento de R$ 68 milhões, a meta é que 12 unidades funcionem durante a manhã e a tarde, entre o 1° e o 9° ano.
Por Juliana Diógenes
A Prefeitura de São Paulo abre consulta pública nesta terça-feira, 17, para adoção de ensino integral nas escolas municipais a partir do próximo ano letivo. Com investimento de R$ 68 milhões, a meta é que 12 escolas funcionem 100% em tempo integral, entre o 1° e o 9° ano. Até 100 unidades de ensino poderão aderir no ciclo de alfabetização. A informação foi publicada na Folha de S. Paulo.
"Vai começar a valer a partir do ano que vem. Reservamos uma verba do orçamento do ano que vem para um passo além do Mais Educação", disse o prefeito Fernando Haddad (PT).
Hoje, o programa Mais Educação, que funciona na rede municipal, é voluntário, portanto, depende da adesão dos alunos, e complementar ao currículo. Com o projeto de tempo integral, as escolas terão de adotar atividades complementares à grade.
"O currículo será mesclado, e não um contraturno complementar. Será um currículo integrado. As atividades culturais e esportivas passam a ser, para as escolas que aderirem, obrigatórias aos alunos", destacou Haddad.
De acordo com o prefeito, para que a escola possa aderir, deve estar em uma região onde a demanda está "100% satisfeita". "Não pode ter ninguém fora da escola", afirmou. A estimativa do prefeito é de beneficiar 100 mil alunos.
Segundo Marcos Rogério de Souza, chefe de gabinete do secretário municipal da Educação, Gabriel Chalita, o período de consulta pública se encerra no dia 30 de novembro e a adesão das escolas terá início em dezembro.
"Hoje, o aluno tem a grade normal até o horário do almoço e faz atividade complementar à tarde. A partir da implementação do currículo integral, ele pode ter aula de matemática às 13 horas e às 14 horas, e aula de artes, hip hop e samba às 7 horas", explicou Souza.
A gestão municipal vai avaliar demanda e estrutura para selecionar as escolas. Souza afirmou que os professores das escolas com ensino integral terão benefícios salariais, mas não detalhou valores.
Matéria originalmente publicada no jornal O Estado de S. Paulo