Construção do trecho de três estações foi paralisada oficialmente em janeiro após rompimento de contrato com empreiteiras
FABIO LEITE – O ESTADO DE S. PAULO
O Metrô de São Paulo anunciou na sexta-feira, 8, a contratação de um novo consórcio para retomar parte das obras do monotrilho da Linha 17-Ouro (Jabaquara-Morumbi), paralisadas oficialmente em janeiro deste ano após o rompimento do contrato com as empreiteiras que executavam o trecho de três estações.
Segundo a estatal controlada pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB), as obras para a construção das estações Campo Belo, Vila Cordeiro e Chucri Zaidan devem ser retomadas ainda neste semestre e custarão R$ 74,2 milhões. A previsão é de que sejam entregues à população em 17 meses após a assinatura do contrato.
As três estações, segundo o Metrô, devem receber cerca de 80 mil passageiros por dia, com a operação da linha entre as estações Jardim Aeroporto/Congonhas e Morumbi, na Linha 9-Esmeralda da CPTM. O consórcio contratado é formado pelas empresas Tiisa e DP Barros, que já constrói outras quatro estações da linha.
As obras do trecho contratado foram paralisadas no início deste ano quando o Metrô anunciou o rompimento do contrato com o consórcio formado pelas empresas Andrade Gutierrez e CR Almeida alegando abandono das obras. As empreiteiras rebateram dizendo que a estatal não entregou os projetos executivos necessários para a continuidade da construção.
As obras da Linha 17-Ouro começaram em 2010 e eram prometidas para a Copa de 2014, saindo da estação Jabaquara, na Linha 1-Azul do Metrô, passando pelo Aeroporto de Congonhas, cruzando o Rio Pinheiros e terminando no Morumbi, com conexão com a Linha 4-Amarela do Metrô.
No fim de 2015, o governo Alckmin suspendeu até 2017 o início da construção de dois trechos de 10 km da linha, 57% da extensão total (17,6 km), que fazem a ligação da linha de metrô com o aeroporto. O Metrô afirmou que resolveu priorizar as obras iniciadas por causa da queda de arrecadação na crise econômica. A previsão é de que toda a linha seja concluída em julho de 2019.
Matéria publicada originalmente no jornal O Estado de S. Paulo.