Como parte das comemorações de uma década de trabalho no bairro de São Miguel Paulista pelo desenvolvimento local sustentável, a Fundação Tide Setubal promove rodas de conversa, hip hop e seminário, gratuitos e abertos, com a Folha de S.Paulo.
A Fundação Tide Setubal ‒ que celebra 10 anos de atuação em São Miguel Paulista ‒ realiza três rodas de conversa, abertas e gratuitas, sobre políticas sociais e territórios, junto com o jornal Folha de S.Paulo. Os debates sobre qual cidade nós queremos construir acontecem nas Zonas Leste (6/5, sexta), Sul (12/5, quinta) e Centro (19/5, quinta). O principal objetivo é gerar discussões que serão insumos para o Seminário Internacional: 10 anos de Fundação Tide Setubal – Cidades e territórios: encontros e fronteiras na busca da equidade, em 14 de junho, terça, na Fecomercio, Bela Vista, São Paulo (SP), também gratuito e aberto a todos os interessados.
Nas rodas de conversa, especialistas de relevo debaterão com o público o direito à cidade, dividido em subtemas como mobilidade, educação e segurança, entre outros. Coletivos culturais de ativistas de São Miguel Paulista se mobilizaram e colaboraram diretamente na escolha prévia dos conteúdos. Haverá ainda um intercâmbio inédito entre os jovens: após as rodas de conversa, grupos de hip-hop da Zona Leste se apresentarão na Zona Sul e vice-versa (7 de maio na Zona Leste e 14 de maio na Zona Sul). Esse intercâmbio entre artistas está alinhado às conexões que a Fundação mantem entre São Miguel e Centro e com outras periferias, principalmente em ações culturais.
Rodas, hip hop e Seminário compõem o calendário de comemorações de uma década de trabalho da Fundação Tide Setubal pelo desenvolvimento local sustentável de São Miguel Paulista, bairro da Zona Leste da capital. “Tudo o que a Fundação fez e faz é comprometido com a diminuição das desigualdades sociais no território. Ele importa muito, é central, porque é no território que as várias políticas sociais fazem a diferença na vida das pessoas”, analisa a socióloga e educadora Maria Alice Setubal, presidente do Conselho da Fundação Tide Setubal e uma das criadoras da fundação familiar.
Programação Rodas de Conversa e Hip Hop
Zona Leste – Em 6 de maio, sexta-feira, das 14h às 18h, duas mesas de pesquisadores serão formadas na EACH-USP (rua Arlindo Béttio, 1000, prédio I1, 1º andar, sala 126, Ermelino Matarazzo, São Paulo – SP, CEP: 03828-000). A primeira delas discute “Direito à cidade: espaço público, liberdade de expressão e equidade”, com Neli Aparecida de Mello-Théry – vice-diretora da EACH-USP, pesquisadora associada no Centro de Desenvolvimento Sustentável (UnB) e especialista em políticas públicas; Antonio Eleilson Leite – historiador, programador cultural e coordenador de cultura da ONG Ação Educativa; Eduardo Vasconcellos – diretor do Instituto Movimento de São Paulo e assessor da Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP); e Elaine Mineiro – integrante do Movimento Cultural das Periferias, que milita pela Lei de Fomento à Periferia.
A seguir, a segunda mesa enfoca o tema “Educação, território e sustentabilidade” e tem a participação de Maria Rita de Almeida Toledo – historiadora e professora da Unifesp, especialista em história da educação; Alexandre Isaac – cientista social e líder de projetos do Centro de Estudos em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec); Josafá Rehem – diretor da EMEF Faveira do Mato, escola referência em diálogo e gestão democrática; e Maria Stela Graciani – coordenadora do Núcleo de Trabalhos Comunitários da Faculdade de Educação da PUC-SP.
Zona Sul – Na semana seguinte, no dia 12 de maio, quinta-feira, das 14h às 16h30, acontece a conversa sobre “Direito à cidade: educação, território, Lei de Fomento à Periferia, violência e segregação social”, na Paróquia Santos Mártires (rua Luís Baldinato, 9, Jardim Ângela, São Paulo – SP, CEP: 04935-100). Os parceiros articuladores na região Sul são a paróquia, o Fórum de Educação e coletivos jovens. Debaterão o assunto: Helena Singer – socióloga, fundadora da escola Politeia, ex-diretora da Associação Cidade Escola Aprendiz, atual chefe de Departamento de Ações Estratégicas e Inovação do Sesc; Anderson Severiano Gomes – diretor do CEU EMEF José Saramago, que estuda a relação escola-comunidade; Guilhermo Aderaldo – doutor em antropologia social pela USP, que estuda coletivos culturais e sociabilidade nas periferias de São Paulo; Douglas Belchior – militante da Uneafro e professor da rede estadual.
Centro – Por fim, em 19 de maio, quinta-feira, das 14h às 16h, é a vez da área central integrar as discussões, por meio da mesa “A ocupação e urbanização da região central da cidade”. O encontro ocorre no auditório do jornal Folha de S.Paulo (rua Barão de Limeira, 425, Campos Elíseos, São Paulo – SP, CEP: 01290-900). Debatedores convidados: Guilherme Wisnik – arquiteto, urbanista, crítico de arte, professor da FAU-USP e colunista da Folha; Marta Arretche – diretora do Centro de Estudos da Metrópole e professora do Departamento de Ciência Política da USP; Mauricio Fiore – diretor do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e coordenador científico da Plataforma Brasileira de Política de Drogas; Laura Sobral – fundadora da Muda – Práticas Culturais e Educativas e do Instituto a Cidade Precisa de Você, que têm como foco o incentivo de atores urbanos a ocupar o espaço público.
10º. Encontro de Cultura Hip Hop e Aliados de São Miguel Paulista ‒ Com realização em 7 de maio, sábado, das 10h às 19h, no CDC Tide Setubal – novo CEU São Miguel (rua Mário Dallari, 170, São Miguel Paulista), o encontro oferece vasta programação aberta e gratuita com: ocupação e shows (Causa P, Sujeira Brasileira, Tamo Vivo e fora de Frequência); DJs Negrito, Elvis e Maestro Androide; Bboys e Bgirls Break Style Crew e SP Clan; mais de 20 grafiteiros das Zonas Leste e Sul; saraus: Filhos de Ururaí, Jaçarau, Raízes e Da Ponte Pra Cá; e intervenção teatral: CIA. de Artes Decálogo JALC.
Em seguida, na Zona Sul, em 14 de maio, sábado, das 10h às 19h, na Paróquia Santos Mártires (rua Luís Baldinato, 9, Jardim Ângela), há mais programação também de graça e aberta com: ocupação e shows (Tamo Vivo, Cicerone MC, Causa P e Sujeira Brasileira); DJs Jean Carlos, Maestro Androide e Davison; Bboys e Bgirls SP Clan e Die Hard Crew; mais de 20 grafiteiros das Zonas Leste e Sul; saraus: Jaçarau, Raízes, Da Ponte Pra Cá e Filhos de Ururaí; e intervenção teatral: CIA. de Artes Decálogo JALC.
Sobre a Fundação Tide Setubal
Trabalha desde 2005 para contribuir com o desenvolvimento sustentável da região de São Miguel Paulista, bairro da zona leste de São Paulo (SP). Para isso, desenvolve ações voltadas a famílias, jovens e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, em parceria com órgãos do governo e ONGs e em articulação com políticas sociais, priorizando a participação ativa da comunidade, fornecendo-lhe informação e estimulando a construção da sua autonomia. Todas as relações e as atividades da Fundação são norteadas por quatro princípios: construção de uma sociedade justa e solidária, tendo como pressuposto a inclusão democrática e participativa de todos os segmentos sociais; respeito às diferentes temporalidades, pluralidades e diferenças culturais; valorização da cultura, tradições, experiências e costumes da comunidade; valorização do trabalho voluntário.