Diminuição mais significativa ocorre desde julho do ano passado, quando foi implantada a redução da velocidade máxima. De acordo com estudo da CET, queda de óbitos também foi registrada em outras vias, principalmente na periferia
De Prefeitura de São Paulo
Um levantamento feito pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) revela que, no comparativo entre os anos de 2014 e 2015, as marginais Tietê e Pinheiros tiveram juntas uma redução de 32,8% no número de mortes, passando de 73 para 49 óbitos. A diminuição mais significativa ocorre desde julho do ano passado, quando a Prefeitura implantou a redução da velocidade máxima nessas duas vias.
Os resultados são parte do Relatório Anual de Acidentes de Trânsito Fatais. A apresentação pode ser conferida aqui. Os números globais foram divulgados em março deste ano.
Em toda a capital, o número de mortes registradas no trânsito teve uma queda de 20,6%. Os dados mostram ainda que 257 vidas foram salvas na comparação entre janeiro e dezembro de 2014 com o mesmo período de 2015. No ano passado, foram registrados 992 óbitos no trânsito, ante 1.249 em 2014. As mortes de pedestres caíram 24,5%, e as de ciclistas tiveram queda de 34%.
De acordo com o estudo, o número de óbitos registrados também diminuiu em outras vias que tiveram a velocidade máxima reduzida, como a Avenida Sapopemba (zona leste), Estrada de Itapecerica (zona sul), Avenida Marechal Tito (zona leste) e Estrada do M’ Boi Mirim (zona sul).
Quadro comparativo
Via Mortes 2014 Mortes 2015 Variação %
Avenida Sapopemba 16 5 – 68,7
Estrada de Itapecerica 22 8 – 63,6
Avenida Marechal Tito 15 6 – 60
Estrada do M’Boi Mirim 21 9 – 57,1%
As ações adotadas pela Prefeitura tiveram resultado em toda a cidade, com destaque para as regiões periféricas, como revela a tabela abaixo:
Quadro comparativo
Subprefeitura Mortes 2014 Mortes 2015 Variação %
Casa Verde / Cachoeirinha 33 15 – 54,5
São Mateus 51 26 – 49
M’Boi Mirim 70 40 – 42,8
Guaianases 23 14 – 39,1
As ações implantadas pela Prefeitura de São Paulo, por meio do Programa de Proteção à Vida (PPV), colaboram para que a cidade se aproxime da meta da capital para a Década de Segurança Viária da ONU, de 6 mortes a 100 mil habitantes até 2020. Em dezembro do ano passado, esse índice foi de 8,26 por 100 mil habilitantes, uma queda na série histórica. Em dezembro de 2014, o índice era de 10,47.
Em todo o Brasil, o índice é de 23,40. No Estado de São Paulo, é de 17,40 e, na Região Metropolitana de São Paulo, de 19,40 mortes por 100 mil habitantes.
Programa de Proteção à Vida
O Programa de Proteção à Vida foi iniciado em 2013, no começo da atual gestão, e busca a redução de acidentes e atropelamentos na cidade ampliando uma série de ações para segurança de todos os agentes do trânsito, especialmente os pedestres.
A iniciativa inclui várias frentes, como o CET no Seu Bairro, a implantação de Áreas 40, da Frente Segura (bolsões de parada junto aos semáforos para motociclistas e bicicletas), das faixas de pedestres diagonais em cruzamentos de grande movimento e da redução de velocidade máxima para o padrão de 50 km/h nas vias arteriais.
Também foram revitalizados os semáforos de 4.645 cruzamentos na cidade. Com isso, pretende-se melhorar a segurança dos usuários do sistema viário, buscando a convivência pacífica entre todos.
Matéria públicada originalmente no portal da Prefeitura de São Paulo.