Albergues acolhem bem, mas faltam acessibilidade e vagas

Karina Matias e William Cardoso, do Agora

Com a onda de frio dos últimos dias, os centros de acolhida da capital têm cumprido seu papel de acolher moradores de rua e outras pessoas em condições sociais vulneráveis, mas o Vigilante Agora encontrou falta de acessibilidade e falhas de estrutura nos imóveis, como goteiras.

Também há falta de vagas. Segundo a gestão Fernando Haddad (PT), a capital possui 79 albergues que, juntos, disponibilizam cerca de 10 mil vagas. No frio, a rede é ampliada com mais 1.200 vagas. O último censo, de 2015, aponta que existem 15.905 moradores em situação de rua na capital. Ainda que muitos se recusem a ir para abrigos, o deficit é de quase 5.000 vagas.

A reportagem visitou seis albergues na semana passada. Entre os destaques positivos estão a limpeza e a disponibilidade de cursos e oficinas. Em relação à estrutura dos prédios, há espaços bem adaptados e amplos para o atendimento –mas, ao mesmo tempo, a falta de acessibilidade, infiltrações e até entulho fazem parte do dia a dia dos albergados.

Resposta

A Secretaria Municipal de Assistência Social, da gestão Fernando Haddad (PT), diz que tem uma equipe de manutenção permanente para atender a rede. Sobre as falhas estruturais, diz que já consertou, que já estava em fase de conserto ou que vai consertar a maioria. Negou falhas na lavanderia do Bem-Estar, e diz que o prédio tem laudo de habitabilidade e segurança. E afirma que o entulho no fundo do centro da Casa Verde é para ser usado em festa junina no local.

Sobre a acessibilidade no centro dos imigrantes, diz que as refeições dos deficientes são feitas em uma sala próxima ao quarto, no térreo, não necessitando que subam as escadas.

Segundo a secretaria, o número de vagas (cerca de 10 mil) é ampliada no frio, o que ocorreu em 16 de maio. "Até o momento foram criadas mais 1.200 vagas", afirmou a secretaria.

Matéria publicada originalmente no portal do jornal Agora São Paulo.
 

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