Por Oded Grajew* – O Estado de S. Paulo
Desde a primeira pesquisa Rede Nossa São Paulo/Ibope, em 2007, a saúde ocupa o primeiro lugar entre os principais problemas da capital. Na última edição, 55% dos entrevistados a mencionaram como a área mais preocupante, superando pontos críticos como segurança, educação e desemprego, respectivamente.
Tradicional foco de tensão nas campanhas eleitorais, a área ganhou sete das 123 metas da atual gestão. Entretanto, até agora, nenhuma delas foi cumprida integralmente. Vale ressaltar, porém, a entrega de um hospital na região de Cidade Ademar, com 271 leitos, e mais de 30 unidades da Rede Hora Certa. Medidas que efetivamente ainda não impactaram os indicadores. Em 31 distritos não há um leito hospitalar. A mortalidade infantil também é 14,85 vezes mais grave no Pari do que em Pinheiros. Outro fator de entrave para a melhoria da qualidade de vida é a falta de áreas verdes: só nove dos 96 distritos atingem a meta de 12 m² de verde por habitante.
Neste sentido, é fundamental destacar a necessidade inadiável de se fazer cumprir a Lei Municipal de Mudanças Climáticas, aprovada em 2009. Dentre os itens previstos, merecem destaque a substituição dos combustíveis fósseis por combustíveis menos poluentes no transporte público e o estabelecimento de metas para controle de emissões.
* Coordenador-geral da Rede Nossa São Paulo
Artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo.
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