Por Redação – jornal Destak São Paulo
A verba de R$ 1,8 bilhão prevista no Orçamento deste ano para ser repassada às empresas de ônibus em forma de subsídios acabou no mês passado.
Os subsídios são valores pagos para cobrir descontos nas tarifas dados a estudantes e às várias modalidades do Bilhete Único, e gratuidades como as destinadas a idosos e alunos de baixa renda.
Desde que as verbas previstas no Orçamento acabaram, o prefeito Fernando Haddad (PT) fez pelo menos dois remanejamentos de outras áreas.
Segundo publicação feita no dia 23 de setembro no "Diário Oficial da Cidade", R$ 35 milhões que originalmente iriam para obras e instalações em construção e modernização de centros olímpicos, foram para os subsídios. No dia 19 deste mês, ainda segundo publicação oficial, R$ 50 milhões que iriam para corredores de ônibus acabaram indo para as viações.
Se a média de repasse de R$ 200 milhões ao mês se mantiver até dezembro, a gestão Haddad precisará realocar mais R$ 600 milhões. Se tal projeção se confirmar, o valor dos subsídios chegará a R$ 2,4 bilhões, quase o dobro do R$ 1,32 bilhão gasto em 2012.
Procurada, a SPTrans disse que a prefeitura paga, em média, R$ 1,91 por passageiro pagante. Informa ainda não ser possível "afirmar com exatidão o nível do subsídio até o final do ano".
Passando o chapéu
O repasse de verbas federais para manter a tarifa em R$ 3,80 foi um dos assuntos que o prefeito eleito João Doria (PSDB) tratou ontem em com o presidente Michel Temer (PMDB). Ele estima precisar de R$ 500 mi para cumprir sua promessa de campanha.
No Orçamento para 2017 da prefeitura consta o mesmo R$ 1,8 bilhão deste ano para subsídios.
Matéria publicada no jornal Destak São Paulo.
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