Com menos feridos em acidentes, redução dos limites de velocidade libera 147 leitos hospitalares por dia

Estudo estima que economia com atendimento hospitalar supera R$ 143,5 milhões com redução de 257 mortes e de 8.980 feridos. Desde 2013, internações por acidentes caíram 27,6% na cidade, enquanto cresceram no Brasil e no Estado

De Secretaria Executiva de Comunicação

As medidas adotadas pela Prefeitura de São Paulo dentro do Programa de Proteção à Vida (PPV), como a redução dos limites de velocidade, causaram a redução de 27,6% no número de internações ocasionadas por acidentes de trânsito na capital paulista desde 2013. De acordo com um estudo da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), enquanto no primeiro semestre de 2013 foram emitidas 5.258 autorizações de internação hospitalar por acidentes de trânsito, no mesmo período deste ano foram 3.804, ou seja, 1.454 a menos.

Em todo o Brasil, na comparação entre o primeiro semestre de 2013 e de 2016, houve um aumento de 4,2% nas internações por acidentes –de 84.053 para 87.633. No Estado de São Paulo, também houve variação para cima, de 18.439 internações em 2013 para 18.513 neste ano. Se comparado com os primeiros seis meses de 2010, a queda na capital paulista foi de 29,7% nas internações. No Brasil e no Estado de São Paulo, os aumentos foram de, respectivamente, 24,6% e 0,7% no mesmo período.

Com 8.980 feridos a menos no trânsito da cidade na comparação com 2013, segundo a estimativa da CET, 147 leitos hospitalares são liberados por dia na cidade de São Paulo. A estimativa divide o número de feridos a menos pelos dias do ano, ou seja, 24,6 a cada 24 horas, e considera o tempo médio de internação em casos de acidentes, que é de seis dias. O estudo ainda aponta que, na comparação entre 2013 a 2015, considerando o custo médio de R$ 3.581 por internação, foram poupados R$ 32,1 milhões com a redução dos feridos por acidentes de trânsito no período.

Ainda segundo a CET, os custos com internações por acidentes de trânsito também caíram na cidade de São Paulo, ao passo que subiram no país e no Estado. Na comparação entre o primeiro semestre de 2010 e o de 2016, o gasto com esse tipo de hospitalização na capital paulista caiu de R$ 1,3 milhão para R$ 963 mil. 

O valor vem caindo desde 2013 e, nos primeiros seis meses do ano passado, foi de R$ 1,1 milhão na capital paulista. No Estado, os custos de internações por acidentes de trânsito subiram 18%, de R$ 4,2 milhões em 2010 para pouco mais de R$ 5 milhões em 2016. No Brasil, o aumento foi de 36,6% no período, de R$ 14,9 milhões para R$ 20,3 milhões.

Com as medidas, de acordo com as projeções da CET, São Paulo chegará ao final deste ano com um índice de 6,68 mortes no trânsito por 100 mil habitantes, uma expectativa de 184 vidas poupadas. Em dezembro de 2014, esse índice era de 10,47 mortes por 100 mil habitantes. Em 2015, com a implantação da redução da velocidade máxima, novas ciclovias e faixas exclusivas para ônibus, foram poupadas 257 vidas na capital paulista, uma redução de 20,6% nas mortes. De acordo com a CET, com 257 vidas salvas, considerando que o custo de uma morte por acidente é de R$ 433,2 mil, a economia é de R$ 111,3 milhões.

Matéria publicada no portal da Prefeitura de São Paulo.
 

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