ARTUR RODRIGUES, DE SÃO PAULO, E EDUARDO SCOLESE, EDITOR DE "COTIDIANO" – FOLHA DE S. PAULO
A equipe do prefeito eleito João Doria (PSDB) chegou a acordo informal com o TCM (Tribunal de Contas do Município) sobre o modelo para contratar a iniciativa privada com objetivo de zerar a fila de exames sem entraves.
A ideia é usar a capacidade ociosa dos hospitais privados durante a noite, no chamado Corujão da Saúde, uma das promessas de campanha do tucano.
Os técnicos de Doria estudavam criar contratos emergenciais de 90 dias, sem renovação, para contratar certa de 40 hospitais para fazer os exames. A Folha apurou que a futura gestão recebeu a sugestão do órgão para que, em vez de contrato emergencial, faça um edital de chamamento universal.
Por esse modelo, as entidades interessadas poderão procurar a prefeitura. Além disso, não haverá prazo fixado para o término da parceria.
O presidente do TCM (Tribunal de Contas do Município), Roberto Braguim, recebeu na terça-feira (13) o futuro secretário municipal da Saúde, Wilson Pollara. Questionada sobre o assunto, a assessoria de imprensa do TCM (Tribunal de Contas do Município) afirmou que a visita foi "protocolar".
CEM DIAS
A ideia da equipe de Doria é, mesmo sem o limite, zerar a fila de 417 mil exames nos primeiros 100 dias de governo.
Em entrevista à rádio "Bandnews" nesta quarta-feira (14), o tucano ressaltou que o programa será apenas emergencial. "Temos que readequar a rede pública municipal para que isso [o acúmulo de exames] não volte a ocorrer".
No entanto, o staff do tucano cogita a possibilidade de voltar usar a rede privada no caso de a fila de exames voltar a aumentar.
O tucano também afirmou que pretende utilizar a rede pública estadual no Corujão da Saúde. "A integração município Estado já vai dar um ganho muito grande inclusive nos exames, porque a rede pública estadual também tem uma capacidade no horário noturno", disse.
Matéria publicada na Folha de S. Paulo.
